Alguns dos mais importantes líderes políticos e empresariais do País se reuniram na quinta-feira 24, em São Paulo, para celebrar as vencedoras do prêmio As Melhores da DINHEIRO 2015, promovido pela Editora Três e pela revista ISTOÉ DINHEIRO. O evento reconhece os melhores resultados financeiros e de gestão das grandes corporações e, num momento tão dramático da economia, ampliou os debates sobre os rumos do País. Ao lado de alguns dos mais influentes empresários e executivos da iniciativa privada, estavam nomes como o presidente em exercício, Michel Temer, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Em uma oportunidade única, estiveram juntos líderes do PMDB e do PSDB. “Presidente, São Paulo está com o senhor para o que for preciso”, afirmou Alckmin, referindo-se a Temer.

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PRESTÍGIO
O presidente executivo da Editora Três Caco Alzugaray (à esq.)
e o diretor editorial Carlos José Marques (à dir.) recebem o
presidente Michel Temer e o governador Geraldo Alckmin

O tema principal da noite foi o momento de instabilidade econômica e política do País. “Muitas vezes, ouvindo as pessoas dizendo que as coisas vão mal, e eu me deixo contaminar pela visão pessimista. Mas, quando vejo aqui as empresas vencedoras, sei que as companhias brasileiras são fortes”, disse Temer. “O governo só vai bem quando a iniciativa privada vai bem.”

Muitos dos empresários presentes defendem uma firmeza maior na condução dos rumos do Brasil, o que a presidente Dilma não tem sido capaz de oferecer neste segundo mandato. “Nunca antes na história do País nos deparamos com um momento como esse. Estamos atravessando um perío—do de incertezas quase paralisante”, afirmou o anfitrião Caco Alzugaray, presidente executivo da Editora Três. “O Brasil precisa que os seus melhores homens públicos assumam posições corajosas. Muitos empresários estão muito próximos do seu limite.” A sensação geral era de que o empresariado pede por lideranças capazes de negociar com a sociedade as medidas duras necessárias ao ajuste das contas públicas. “Precisamos construir uma agenda mínima, entre o Executivo e o Legislativo, para endereçar as questões mais importantes para o Brasil no curto prazo”, disse Marcelo Castelli, presidente da Fibria.

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DIÁLOGO
No alto, Alckmin, o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco,
e o ministro Levy. Acima, o ministro Braga e Flávia Faugeres, da BRF

O ministro da Fazenda transmitiu serenidade à seleta platéia, que estava preocupada com a disparada do dólar. “Apesar dos ruídos e da dificuldade que a sociedade possa enfrentar no dia a dia, a verdade é que a economia já está se reequilibrando”. A BRF, eleita Empresa do Ano, está otimista. “O Brasil vai dar certo”, afirmou Flávia Faugeres, diretora geral da BRF, ao receber das mãos de Temer o principal prêmio da noite.

Fotos: Masao Goto Filho;Felipe Gabriel; Rodrigo Dionisio; Claudio Gatti/Agência IstoÉ