25/09/2015 - 20:00
EXCEPCIONAL
Pedra que será leiloada é um dos maiores diamantes de cor azul intensa já
encontrados e foi batizado de ‘Blue Moon Diamond’ (‘Diamante Lua Azul’)
Até hoje, o recorde de preço para uma joia leiloada pertence ao diamante rosa “Graff Vivid Pink”, de 24 quilates, vendido em 2010, também pela Sotheby’s, por US$ 46 milhões (atuais R$ 188 milhões). Em 2013, outro diamante rosa, dessa vez com 59,6 quilates, foi leiloado pela mesma companhia por estratosféricos US$ 83 milhões (R$ 340 milhões em valores atuais). O comprador, o joalheiro Isaac Wolf, no entanto, não conseguiu pagar o valor que ele mesmo havia ofertado pela peça e a pedra teve de ser devolvida para a casa de leilões. Ao invés de quebrar recordes, a transação acabou se tornando o maior fiasco recente do mercado de joias.
O diamante que pode desbancar o atual mais caro do mundo foi descoberto em janeiro de 2014, na mina de Cullinan, na África do Sul. A divulgação da pedra, que em estado bruto pesava mais de 29 quilates, logo causou frisson. “O ‘Blue Moon’ é simplesmente um diamante sensacional, com cor e pureza extremas e que conquistará seu espaço entre as pedras preciosas mais famosas do mundo” diz David Bennett, presidente da divisão internacional de joalheria da Sotheby’s.
Segundo explica a gemóloga Gracia Baião, do Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM), “o preço de uma pedra preciosa é determinado por quatro fatores: cor, pureza, peso e lapidação”, diz. No caso do diamante azul, a peça foi classificada pelo Instituto Gemológico da América (GIA, na sigla em inglês) como internamente perfeita e sua cor, “fancy vivid blue” (“azul vivo extravagante”), a maior coloração possível na escala de tons azuis para diamantes. O nome da pedra, que pode se tornar o diamante mais caro já vendido, se refere à expressão em inglês “once in a blue moon” (“quando na lua azul”, em tradução livre), usada para descrever um episódio extremamente raro, como a joia.
Fotos: Kirsty Wigglesworth/AP Photo; Courtesy of Sotheby’s