Elza Soares desembarca intimista no bar Baretto do hotel Fasano, em São Paulo, na terça-feira 22 e quarta-feira 23, antes do show oficial de lançamento de seu novo disco de inéditas “A Mulher do Fim do Mundo, em 3 de outubro, no Auditório do Ibirapuera. “Estou me renovando mais uma vez. Não me considero a mulher do fim do mundo, mas sou mulher em todos os sentidos”, brinca Elza, que lança seu primeiro CD só com músicas inéditas, na casa dos 80 anos. “A sensação de fazer algo novo é surpreendente, mas seria a mesma se eu tivesse 16. O prazer da música não muda.” A seguir ela fala de amor, morte, saudades e Rock in Rio:

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Amor
“Sempre acreditei no amor. Sou a mulher que mais amou na vida. Quero fazer muita coisa, pois ainda estou viva. Gostaria de compreender a humanidade. 

Morte
“Tenho medo da morte porque não sei como ela é.” 

Saudade
Para quem perdeu filhos e mãe, a palavra “saudade” é doída. Eu realmente não gosto da palavra. Gostaria que os brasileiros lembrassem a mulher que eu sou. Não sei se vão lembrar de mim, mas, se isso acontecer, espero ficar marcada em alguma música, filme ou rua.

Rock in Rio
“Nunca fui convidada para o Rock in Rio, apesar de ser amiga do Roberto Medina. Realmente, os brasileiros valorizam muito os artistas internacionais. Que haja um intercâmbio musical. Se eu encontrasse a Beyoncé, por exemplo, iria fazer ela cantar samba e eu cantaria uma música dela.”