Era para ser uma fuga em massa. Os presos da cadeia pública da cidade paulista de Sumaré levaram meses para abrir um buraco na parede da cela e construir um túnel que ia dar num terreno baldio. Na madrugada da terça-feira 24 o plano de fuga entrou em ação. Tudo corria bem até que chegou a vez de o preso Gilmar de Freitas, que pesa 90 quilos, passar pela fenda de 20 centímetros de largura. Ficou entalado, com metade do corpo dentro da cela e outra metade do lado de fora. Dos 68 presos, 13 conseguiram fugir antes de Freitas, que começou a gritar e chamou a atenção dos carcereiros. O bombeiro Ivo Augusto Silveira ajudou a desentalar Gilmar.
ISTOÉ – Como foi?
Silveira – Ele parecia uma gangorra. Estava preso pelo meio do corpo, gritava de dor e pedia para voltar para a cela. Se machucou um pouco porque os presos o empurravam para desobstruir a passagem.