…vem a calmaria. Eis a primeira grande imagem de Gisele Bündchen após a turbulência do último mês. Na foto de Bob Wolfenson, ela ressurge deslumbrante para promover a coleção Versailles, de sua marca de lingeries GB Intimates, que celebra seus 20 anos de carreira. “Estive no Brasil a trabalho, e fiquei feliz de conseguir rever algumas de minhas irmãs e também meu pai. É sempre maravilhoso estar em família”, resumiu Gisele. A top se viu às voltas com boatos de separação de Tom Brady por causa da ex-babá de Ben Affleck. Também virou alvo na França por supostamente ter usado uma burca como disfarce, em Paris, para fazer duas plásticas. Na segunda-feira 31, contudo, a übermodel apareceu com a aliança de casamento na saída do escritório da National Football League (NFL), em Nova York, onde acompanhava o marido por conta do julgamento das ‘bolas murchas’. ­Brady foi acusado de murchar uma bola para ter vantagem num jogo, mas foi absolvido na quinta-feira 3. A esta coluna, um amigo da top crava: “Eles tiveram algumas brigas. Mas está tudo bem. O problema foi o processo das ‘bolas murchas’. Ele andava preocupado, irritado e frio, e ela não gostou. Mas não tem separação”. Parodiando a eterna canção de Gil, Gisele Bündchen continua linda. E, por hora, aquele abraço. 

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Balas

Balão de ensaio?
Na avaliação de um amigo da presidente Dilma Rousseff, foi balão de ensaio enxergar como derrota do governo o capítulo CPMF e o orçamento com déficit: “O lado bom é que, com isso, se falou menos da Lava-Jato”. Numa rodinha de almoço, o mesmo interlocutor dizia sobre Dilma: “O problema dela é o fogo amigo. É o Michel Temer querendo o lugar dela, é o Lula cutucando toda hora…”.

#apesardacrise
Sim, apesar da crise, a Cartier fez a sua aposta: a grife francesa abre na quinta-feira 10 sua terceira loja no Brasil. A boutique inaugura o Main Plaza do Shopping Iguatemi em São Paulo, novo espaço que marca os 50 anos do shopping. Carlos Jereissati Filho, presidente do Grupo Iguatemi, conferiu os arremates da loja de 290 m2 com executivos da marca e disse que o segredo é saber se reiventar: “O Iguatemi continua inovando e isto fica evidente com o investimento na nova expansão”.

"Peguei emprestada a risada da Amora Mautner"

A novela “A Regra do Jogo”, nova trama das 9 de João Emanuel Carneiro, já está na suada guerra pela audiência, mas Giovanna Antonelli mostrou a que veio. Mais uma vez, lá está ela para segurar a peteca. A atriz se jogou na pele da golpista Atena, sedutora estelionatária de humor ácido e chique malandragem. Com exceção dos trambiques, ela assume que se inspirou na chefa, a diretora de núcleo Amora Mautner. “Peguei emprestada a risada dela por oito meses”, diz Giovanna. E os bordões da diretora também: “Nunca pensei”, “Sou gênia”, “Te idolatro”. O visual foi montado pelo chefe da caracterização na trama, o maquiador Alê de Souza, à imagem e semelhança de Amora. “A gente se inspira em quem admira. Está divertido! Com a convivência, pedi licença e levei um pouco da espontaneidade dela para Atena, que na verdade não existe”, diz a atriz. “O público conhecerá a Francineide, que é sua real identidade. Atena é uma personagem de muitas tintas.” 

 

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O humorista é o vilão

Depois de 15 anos dedicados à comédia, Marcos Veras estreia como vilão no cinema. Ele vive um pastor evangélico sem escrúpulos no filme “Entrando numa Roubada”, de André Moraes. “O filme é sobre vingança e frustração, mas tudo na vida tem humor, até as piores desgraças”, diz Veras, ex-Porta dos Fundos, que acaba de encerrar a novela Babilônia, mas se mantém como co-apresentador no programa “Encontro com Fátima Bernardes”:

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ISTOÉ – O público vai ver o humorista no filme?
Veras –
 É até arriscado falar, mas acho que não.  Pode ser que vejam, mas meu objetivo foi mostrar um outro lado. Antes de ser comediante, sou ator. Não busquei a comédia. Versatilidade é uma característica da minha carreira. Sou ator, comediante, apresentador, e nesse filme é uma forma de mostrar que também sei fazer um vilão. Quanto mais opções o artista tem, menos chances de ficar desempregado.

ISTOÉ – Então é a dramaturgia da crise?
Veras – 
Sim, a dramaturgia da crise. Faço comédia, novela, drama, apresento.  A gente deve se adaptar aos novos tempos.

ISTOÉ – Woody Allen já disse que nasceu aprisionado na figura do palhaço e que sempre vão associá-lo ao humor, mesmo que num drama. Isso faz sentido para você?
Veras –
Woody Allen é um gênio, e entendo quando ele diz que, ao fazer drama, as pessoas não compram. Por trás de todo comediante, há uma certa melancolia. Isso vem do palhaço. O comediante também fica de mal humor. A comédia talvez seja uma espécie de terapia. Fuga. Pode usada para acabar com uma certa timidez. Eu sempre fui muito tímido. Ainda me considero. E eu uso a comédia para me safar de situações. Se eu chegar num evento onde não conheça ninguém, o primeiro contato para quebrar o gelo vai ser tentando ser engraçado. Na época de adolescente, para conquistar uma menina, o humor teve essa função para mim. Nao é uma timidez aguda. Até porque. em cena, eu viro um bicho solto.

ISTOÉ – Como vê o humor no Brasil hoje?
Veras – 
Talvez a gente tenha dado 10 passos à frente e dois atrás. O humor no Brasil sempre foi muito bem-vindo, só que a patrulha do politicamente correto está forte em cima do comediante. Não podemos mais brincar com a enfermeira, com o advogado, com a religião. O limite do humor é o bom senso e isso é muito intangível. A função do humor é fazer rir e colocar holofote nos problemas. também é ousar. E até errar. Nada está acima do bem e do mal. A gente erra. E quando erra, pede desculpas.

Fotos: Bob Wolfenson (Gisele Bündchen); João Miguel Júnior/Globo (Giovanna Antonelli); Alex Santana (Marcos Veras)