A sorridente senhora cuja foto está estampada na capa desta edição conseguiu passar incólume pela estrondosa sucessão de trapalhadas que foi (ou está sendo) a disputa eleitoral para o cargo de homem mais poderoso do planeta. Numa eleição na qual um morto foi escolhido para ocupar uma cadeira no Senado, um notório racista e anti-semita ferrenho teve expressiva votação em Palm Beach – reduto da comunidade judaica – e a imprensa bateu vergonhosos recordes de hilariantes “barrigas”, Hillary Clinton brilhou de maneira incontestável. Aos 53 anos, a primeira-dama foi eleita senadora pelo Estado de Nova York, a despeito também das travessuras sexuais do marido, que a colocaram em constrangedora situação perante os 273 milhões de americanos.

Dos cerca de 18 milhões de habitantes do Estado de Nova York, 3,4 milhões foram espontaneamente depositar seu voto a favor de Hillary. Rick Lazio, o seu oponente republicano, convenceu apenas 2,7 milhões de eleitores. O correspondente de ISTOÉ em Nova York, Osmar Freitas Jr., é o responsável pelo texto, que começa à pág. 104, contando a vitória de Hillary e a derrota da propalada competência da nação americana, que até este momento ainda não tem um presidente definido.