Que bom seria se as premiações, em qualquer área das capacidades humanas, não levassem mais em consideração a distinção entre os gêneros – exceto quando as características predominantemente masculinas ou femininas fizessem realmente a diferença nos resultados. No entanto, hoje a prática ainda é usual em inúmeras situações e é por isso que na semana passada a World’s 50 Best Restaurants, tradicional premiação da revista Restaurant, escolheu a melhor chef mulher da América Latina. A gaúcha Roberta Sudbrack foi a laureada. “Mesmo no século 21 as mulheres ainda enfrentam os desafios de igualdade em vários campos e profissões. A gastronomia não é diferente – a indústria é predominantemente masculina. Mas fizemos progresso e não tenho nada a reclamar”, declarou a chef. Roberta comandou a cozinha do Palácio do Planalto durante o governo Fernando Henrique Cardoso, acompanhou a delegação brasileira nas Olimpíadas de 2012 e desde 2005 atua no Rio de Janeiro no restaurante que leva seu nome.