A foto acima é de uma cena que ainda não foi ar. Em julho, Xuxa Meneghel passou 10 dias em Curaçao e lá fez as primeiras tomadas para o seu novo programa na Record. Mas a eterna rainha dos baixinhos diz que o maior desafio da após a estréia na nova casa é aprender a fazer o que nunca fez: apresentar ao vivo. A seguir , Xuxa fala esta coluna. “Tudo tem que melhorar, principalmente EU (grafado por ela em maiúsculas, por email). Nesta segunda-feira 24, Neymar, Zeze DiCamargo e Luciano e Sabrina Sato estarão entre as atrações do programa.

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ISTOÉ – Sua estreia na Record rendeu 2o lugar no ibope, elevou em 75% a audiência da Record no horário, com 10,1 pontos. Na internet foi uma explosão, gerando 22 milhões de impressões no twitter. O que isso significa para você e como pretende manter?
Xuxa: 
Então …Nunca fui de ligar muito para Ibope, mas sei que TODOS veem isso como prioridade e quero dar o melhor para a Record, que acreditou em mim. A minha prioridade está em divertir as pessoas e me divertir. E isso eu quero manter sempre.

ISTOÉ – Qual foi o melhor e o pior momento do programa de estreia?
Xuxa: 
Tudo tem que melhorar: eu, a minha equipe, o som, a luz, tudo… Principalmente EU. Tenho que aprender a fazer ao vivo. O que mais gostei foram as pessoas entenderem que eu estou aprendendo, começando… Estou em uma nova emissora, gravando em um local que só tinha estrutura para novela… Vamos aprender com o tempo.

ISTOÉ – O pico de tuítes por minuto aconteceu quando você trouxe ao palco a Claudia que na verdade é Érika, famosa no meme “senta lá, Claudia”. Por que quis levá-la à estreia?
Xuxa: 
Para me desculpar, uai!

ISTOÉ – Algumas análises da estreia criticaram que você não esquece a Globo.
Xuxa:
 Nunca vou esquecer. Faz parte da minha história, foram 30 anos na Globo… Você esqueceria?

ISTOÉ – Por que era importante falar da Globo na sua estreia na Record?
Xuxa: 
Não gosto que falem mal da emissora que foi e é importante pra mim. Quero deixar claro: eu sou a minha história, mas estou escrevendo uma NOVA história agora.

ISTOÉ – Por que quis demarcar com os convidados com rostos tapados os amigos artistas proibidos de ir à Record?
Xuxa: 
Porque alguns amigos me disseram que queriam estar lá, mas não podiam. Achei estranho, mas vai passar… Ou melhor, já passou. Só precisei colocar para fora, já coloquei e agora já foi.

ISTOÉ – Você mostrou uma capa da Manchete, onde a Hebe dizia “eu sou você amanhã”, e recebeu seus convidados num sofá branco como no programa de Hebe Camargo. Você é a Hebe de hoje?
Xuxa: 
Ninguém é a Hebe nem vai ser. Nem que queiram muito ser chacrinha, Silvio Santos Hebe… Não vão conseguir. Eles são ÚNICOS.

ISTOÉ – Por que mostrou imagens de Silvio Santos dizendo que só criou uma TV depois que perdeu espaço na Globo?
Xuxa: 
É lindo e tinha tudo a ver com meu momento.

ISTOÉ – Você se identifica com o que ele falou?
Xuxa:
 Eu disse isso no ar, sou fã dele.

ISTOÉ – Você mostrou um lado de humor mais natural. Até brincou com Sasha para que ela não risse de seu inglês. Por que não mostrava esse humor antes?
Xuxa: 
Por que? Uai, eu gravava, mas cortavam.

ISTOÉ – Foi apontado que você quis ser Ellen DeGeneres mas nunca foi tão Xuxa. Concorda?
Xuxa: 
Eu me inspirei na Ellen e em outros Talk Shows, mas quis brincar com o fato de tanta gente achar que corto o cabelo e me visto assim por causa dela. Esta sou eu.

ISTOÉ – O que vem pela frente?
Xuxa: 
Só Deus sabe!

ISTOÉ – Ao lado de Alexandre Pires, você mostrou que gosta de samba e, melhor, não está mais doente do pé. Está curada?
Xuxa: 
Meu pé (sesamoide) está quebrado e isso é fato.Não calcifica, mas não está mais necrosado. Usei bota por nove meses e não posso abusar de saltos altos. Se eu dançar e sentir dor, é só diminuir o ritmo. Tenho que me acostumar com essa dorzinha com “E” de eterno.

ISTOÉ – O que pode adiantar de atrações dos novos programas?
Xuxa: 
Nada, porque ao vivo tudo pode acontecer ou mudar. 

Amigos há 50 anos e só uma briguinha em 68

O camarim no Citibank Hall transbordava de gente extasiada com o show de estréia em São Paulo da turnê “Dois Amigos, Um século de Música”, que comemora os 50 anos de carreira de Gilberto Gil e Caetano Veloso. Antes de cantar Sampa, Caetano brincou que a volta s São Paulo era “com garoa” e a dupla mostrou em primeira mão a canção mais nova que fizeram na madrugada anterior, “As camélias do Quilombo do Leblon”. No camarim, a um dos fãs, que sempre querem mais, Caetano brincou que não será a ultima turnê com Gil. “Nós vamos nos reunir num novo show daqui a 50 anos”. Como nem todos cabiam na sala, Gil foi até o corredor cumprimentar quem o esperava. Ali, deu esta palhinha exclusiva:

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ISTOÉ – Qual foi a maior lição desta turnê?
Gilberto Gil – 
Na verdade, o que tem me magnetizado é o reencontro pleno com Caetano. Porque ele é o maior amigo que eu tenho. E a gente vive uma vida que geralmente nos separa muito por causa dos caminhos diferentes. O fato de haver um projeto que nos junta, nos junta mesmo. Em tanto tempo viajando juntos, comemos juntos, conversamos, falamos de tudo, do mundo, da vida.

ISTOÉ – Deu tempo para brigar também?
Gil – 
Não, não. (risos)

ISTOÉ – Vocês nunca brigaram?
Gil –
 Só uma vez aqui em São Paulo, porque eu estava com medo de fazer show naquela época da repressão, da confusão toda. E ele ficou… (bem bravo): “Que é isso!!Vambora!!!”. Foi no dia da morte do Vicente Celestino (em 23 
de agosto de 1968, há exatos 47 anos). Foi a única vez que ele reclamou comigo.

ISTOÉ – Vocês pareciam um só no palco. É essa a intenção do show?
Gil- 
Isso é que é bacana. É muito bom poder retomar essa unidade nossa.  

Aos homens diva-gar

Em um debate durante o 6º Fórum de Marketing Empresarial do Lide, comandado por João Doria Jr. no Guarujá (SP), o presidente da Bombril, Marcos Scadelai, não foi devagar. Ao contrário. Numa rápida exposição sobre a crise e como a empresa trabalha na era digital, ele comentou a polêmica da campanha “A mulher é diva, e o homem é diva-gar”, com Ivete Sangalo, Dani Calabresa e Monica Iozzi, que entrou na mira Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar). Segundo ele, foram três dias intensos nas redes sociais após a manifestação de homens e o posicionamento do Conar. “Em nenhum momento houve intenção de ofender os homens. Está claro que ali era um mote para a campanha ficar engraçada. Só agora a gente percebe o quanto este País é machista”, disse ele à coluna. “A gente trabalha com humor. Se o assunto fosse sério, teríamos colocado a Fátima Bernardes no comercial, e não duas humoristas para brincar com a Ivete Sangalo.” Scadelai disse que a Bombril ainda não recebeu a notificação do Conar e que a polêmica acabou sendo boa para a empresa. Muitos homens teriam saído em defesa da marca, considerando um exagero a postura dos ofendidos. Perguntado se a Bombril acha os homens devagar, ele diz: “Não, mas a gente acha mulheres com muito mais atitude” 

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Foto: Blad Meneghel (Xuxa Meneghel);  Gisele  vitória (Gilberto Gil e CAetano Veloso)