O site de relacionamento Ashley Madison se orgulha em dizer que é o líder mundial em encontros discretos para pessoas casadas. “Mais de 39 milhões de usuários anônimos”, afirma em sua homepage. Porém, na terça-feira 18, esses usuários já não eram mais desconhecidos. Hackers invadiram o site e divulgaram nomes, dados de cartão de crédito, e-mails e endereços daqueles que se cadastraram para “pular a cerca”, expondo essas milhões de pessoas à vergonha pública. A liderança é brasileira na lista das cidades com maior número de cadastrados infiéis: São Paulo ocupa o primeiro lugar, seguida por Nova York e Sidney. Rio de Janeiro ficou em 11º lugar e Brasília em 20º. O Brasil é o segundo país com o maior número de traidores, perdendo apenas para os Estados Unidos.

INFIDELIDADE-01-IE.jpg
"Há chances de seu marido ter se cadastrado no maior
site de casos extraconjugais do mundo"

Impact Team, grupo de hackers

O grupo de hackers, denominado Impact Team, queria mostrar que há uma fraude na plataforma, que afirma apagar os dados dos seus usuários. Entre as declarações dos invasores, eles afirmam que entre 90% e 95% dos frequentadores eram homens e a maioria dos perfis de mulheres eram falsos. “Há chances de seu marido ter se cadastrado no maior site de casos extraconjugais do mundo, mas nunca ter tido um. Ele apenas tentou. Isso se essa distinção fizer diferença”, dizia o Impact Team. A Avid Media, empresa responsável pelo site, afirmou que o esse foi um ato criminoso e ilegal. Disse ainda que os criminosos envolvidos se colocaram como “juízes morais”, julgando-se capazes de impor suas noções próprias de virtude a toda à sociedade. Vale lembrar que na hora de fazer o cadastro não há necessidade de comprovar o e-mail, muito menos provar se o nome é verdadeiro ou não. Ainda assim, muitos dos 39 milhões podem ter problemas em casa, ou pior, com a lei, já que em vários países muçulmanos, e inclusive em alguns estados dos Estados Unidos, o adultério é considerado ilegal.