Um dos mais cobiçados prêmios jornalísticos é o Esso. Tradicional, ele existe desde 1955. Naquele ano, uma dupla de repórteres da revista O Cruzeiro viajou, durante 11 dias, de Pernambuco ao Rio de Janeiro com uma centena de brasileiros que fugiam da seca no Nordeste em busca de vida melhor no Sul. Por seu relato sobre os paus-de-arara, Mário de Moraes e Ubiratan de Lemos, repórteres de O Cruzeiro, receberam o primeiro Prêmio Esso de Jornalismo.

Quarenta e cinco anos depois, foram divulgados, na semana que passou, os finalistas do Prêmio Esso de Jornalismo 2000. ISTOÉ tem três trabalhos escolhidos para a final. Não é pouco. Nenhuma outra revista teve tantos. E, além disso, foi o único veículo semanal de informação com trabalhos selecionados. Desde 1994, a revista já foi indicada 15 vezes.

Na categoria Criação Gráfica, João Carlos Alvarenga e Roberto Weigand concorrem com a capa do sequestro dramático do ônibus da linha 174 no Rio de Janeiro. João Carlos, nosso editor de Arte, não é calouro no assunto. No último ano, ele foi o vencedor desta categoria pelo desenho de abertura da matéria “Um cadáver político” sobre o prefeito de São Paulo, Celso Pitta.

Norton Godoy, editor de Ciência e Tecnologia, antecipou, em outubro do ano passado, a notícia sobre a solução do quebra-cabeça do genoma humano, que viria a acontecer meses depois, no primeiro semestre de 2000. Por este excelente trabalho, ele foi escolhido finalista na categoria Informação Científica, Tecnológica e Ecológica. Para o Esso de Reportagem, foram indicados Andrei Meireles e Isabela Abdala, da sucursal de Brasília. Em um trabalho que demandou cinco meses de persistentes investigações e sete matérias publicadas, os repórteres denunciaram o envolvimento do ministro da Defesa Élcio Álvares e de sua assessora Solange Resende com o crime organizado de seu Estado, o Espírito Santo. O ministro e a assessora foram exonerados.

Na ISTOÉ não fazemos jornalismo para ganhar prêmios, mas não há dúvida que recebê-los é muito bom. É o resultado da prática de um jornalismo independente, comprometido apenas com o leitor.