A organização do Prêmio Esso de Jornalismo 2000 divulgou, na quinta-feira 23, os 39 finalistas. ISTOÉ concorre em três categorias: Reportagem, Criação Gráfica e Informação Científica, Tecnológica e Ecológica. Desde 1994, a revista foi indicada quinze vezes. Este ano, os repórteres Andrei Meireles e Isabela Abdala concorrem com “Defesa Aberta”, um conjunto de sete reportagens que denunciou o envolvimento do então ministro da Defesa Élcio Álvares e de sua assessora Solange Resende com o crime organizado do Espírito Santo. Élcio e Solange foram exonerados de seus cargos. Também disputam o prêmio Reportagem Antônio Vital e equipe, do jornal Correio Braziliense, com a série “Caso Luiz Estevão”, e Ricardo Amaral, do jornal Valor Econômico, pela entrevista com Eduardo Jorge.

Na categoria Criação Gráfica, a revista pode repetir a performance do ano passado. O artista gráfico Roberto Weigand e o editor de arte João Carlos Alvarenga foram indicados pelo projeto da capa “Medo”, que retratou o sentimento do País diante da desastrada ação da polícia durante o sequestro do ônibus da linha 174, no Rio de Janeiro, em junho deste ano. Uma professora foi morta no local e o sequestrador foi morto momentos depois no carro da PM. Em 1999, Alvarenga ganhou o Esso pelo projeto gráfico “Um cadáver político”, reportagem sobre o prefeito de São Paulo, Celso Pitta. ISTOÉ disputa também a melhor reportagem da categoria Informação Científica, Tecnológica e Ecológica com “O livro da vida”, do editor de Ciência e Tecnologia Norton Godoy. A reportagem, de outubro de 1999, antecipou o mapeamento genético que aconteceria meses depois.

Este ano, o Esso inovou na categoria Fotografia. São cinco finalistas e o processo de escolha do vencedor se dará através de um site na Internet, ainda não divulgado. Quarenta e cinco especialistas, entre editores de fotografia, chefes e diretores de redação, votarão na melhor foto. O resultado final sairá no próximo dia 19, na festa de entrega dos prêmios, no Rio de Janeiro.