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As ações do Bradesco operam em queda nesta segunda-feira, 3, após o anúncio da compra da subsidiária brasileira do HSBC pelo banco, que encostou no Itaú em valor de ativos. O mercado reage mal ao negócio de US$ 5,2 bilhões (R$ 17,6 bilhões). Isso porque, na avaliação de operadores, o valor ficou acima do esperado pelo mercado (cerca de US$ 4 bilhões).

Questionado sobre se o Bradesco teria pago um valor elevado por um banco que no ano passado teve prejuízo e rentabilidade negativa, Luiz Carlos Trabucco Cappi, presidente da instituição, disse que os resultados do passado não podem ser usados como referência para o futuro. "Foi uma fotografia do balanço em determinado momento, com uma estrutura de custos bastante diferente. A integração poderá ter pela complementaridade ganhos de escala, algo importante, e pelo aumento de receitas, produtos e serviços, que consomem menos capital. O portfólio se expande. O valor pago foi confortável e conveniente", disse Trabuco.

Por volta das 14h, os papéis ordinários (que dão direto a voto em assembleia) do Bradesco recuavam 2,89%, negociados a R$ 26,86. Já as ações preferenciais (sem direito a voto) caíam 3,37%, a R$ 26,36. No mesmo horário, o Ibovespa também registrava perdas: o índice recuava 1,26%, aos 50.224 pontos.

Já as ações ordinárias da Petrobras aceleravam as perdas e recuavam 4,49%, a R$ 11,06, e as preferenciais recuavam 3,81%, a R$ 10,10. As perdas ocorrem na esteira da forte queda dos preços do petróleo no mercado internacional. Em meio a preocupações com a China e a queda no preço das commodities, as ações ordinárias da Vale caíam 1,06%, a R$ 17,68, e as preferenciais recuavam 1,98%, a R$14,36.