Quem sempre teve problemas com o tamanho do sutiã e morria de inveja da vizinha porque ela comprava peças superconfortáveis a cada viagem ao Exterior pode parar de se morder. A novidade nas refinadas lojas de lingeries dos shoppings é a linha alemã Felina, que tem à venda 40 opções de medidas para cada modelo. O manequim é estipulado a partir do tamanho do tórax e do busto, medidos no ato da compra. “Duas mulheres com a mesma medida de tórax podem ter tanto 86 quanto 96 de busto. Uma peça tradicional não consegue atender confortavelmente às duas”, explica Márcio Costa, um dos sócios da Importadora de Produtos Europeus (IPE), responsável pela distribuição no mercado nacional. As peças prometem eliminar marcas doloridas provocadas por elásticos apertados.

Nem é preciso ter seios volumosos para usufruir desse conforto. Do padrão avantajado de Gisele Bündchen às formas de menina-moça de Sandy, todas as mulheres são contempladas. Mas é preciso estar preparado para pagar até R$ 160 por uma peça. A confecção alemã está no ramo há 116 anos e oferece ainda dez tamanhos diferentes de calcinhas. Muitos produtos apresentam tecidos inteligentes, como o weftloc, que tem elasticidade transversal e não deforma. Tanta tecnologia custa caro. Não por acaso, o conceito de peça íntima sob medida, comum na Europa e nos Estados Unidos, demorou a chegar ao Brasil. “A maioria dos fabricantes aposta na sensualidade. E a mulher acaba respondendo a esse apelo”, analisa ele. É preciso considerar ainda que – para desespero feminino – as medidas dos sutiãs no mercado não seguem um padrão único. “Há diferenças de até 4 centímetros entre peças de um mesmo manequim”, informa Costa. As únicas mulheres que talvez não gostem do lançamento são as balconistas, que terão de trabalhar munidas de fita métrica.