Uma bomba caseira de baixo potencial foi lançada no final da noite da quinta-feira 30 contra a sede do Instituto Lula, em São Paulo. Ninguém se feriu, e o artefato, que teria sido arremessado por ocupantes de um automóvel, danificou somente a porta da garagem. O Instituto classificou o episódio como “atentado político”, pedindo a responsabilização criminal de seus autores – imagens do circuito de segurança interno de tevê poderão auxiliar na identificação do carro e das pessoas. Na manhã da sexta-feira, o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, comunicou o fato por telefone ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e a polícia deu início aos trabalhos de perícia no local. Atentados, em quaisquer circunstâncias, são acontecimentos graves. Se de fato ficar provado que o Instituto foi vítima de um ataque, em um momento de instabilidade e radicalismo como o atual, a temperatura dessa gravidade subirá e exacerbará ainda mais a própria crise política.