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A Bovespa completou a sexta sessão consecutiva de perdas, ainda pressionada pela mudança, oficializada na última quarta-feira, da meta fiscal do governo para este e os próximos dois anos. O Ibovespa terminou o dia em baixa de 1,13%, aos 49.245,84 pontos, renovando o menor nível desde 16 de março deste ano, quando marcou 48.848,21 pontos. No mês, acumula perda de 7,22% e, no ano, queda de 1,52%.

Na mínima do dia, a Bolsa marcou 48.624 pontos (-2,37%) e, na máxima, 49.831 pontos (+0,05%). Na semana, a Bovespa caiu 5,91%, o menor resultado semanal desde a queda de 7,67% registrada no período encerrado em 12 de dezembro passado. O giro financeiro totalizou R$ 6,758 bilhões.

Se na última sexta-feira o quadro de governabilidade da presidente Dilma Rousseff parecia deteriorado, nesta sexta-feira não pareceu muito diferente, considerando a dificuldade de se completar um forte ajuste fiscal. Desde quarta-feira, a pressão aumentou, após o governo reduzir a meta de superávit primário do País. A meta fiscal deste ano foi de 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB) para 0,15%; a de 2016, de 2,0% para 0,3%; e a de 2017, de 2,0% para 1,3%.

Para o mercado financeiro, aumentaram os riscos de que o País tenha sua classificação de risco rebaixada pelas principais agências de rating e possa, inclusive, perder o grau de investimento. No limite, sem o grau de investimento, muitos fundos internacionais, por questões estatutárias, não poderia investir em ações no Brasil.

Uma das preocupações é quanto à revisão que a Moody’s está fazendo da nota brasileira – principalmente, se o outlook será neutro ou negativo. No segundo caso, o grau de investimento brasileiro poderia ser retirado no futuro.

Petrobrás ON caiu 1,77% e a PN cedeu 1,28%%, em dia de reunião do Conselho de Administração. Vale ON recuou 3,06% e o papel PNA da mineradora teve baixa de 2,30%.