Como Vanda, Dilma sabe o que é ser torturada (integrou organizações clandestinas que se opuseram à ditadura, pela ordem POLOP, COLINA, VAR-Palmares). Como Dilma, Vanda jamais assinaria a lei que a presidente acaba de assinar: concede migalha a quem comeu o pão que o diabo amassou no inferno. Para a família de frei Tito de Alencar, caberão R$ 500 por mês. Nildes Alencar, irmã do frei, usou pelica em sua fala: “A gente faz uma reflexão sobre como ele poderia contribuir para melhorar o processo democrático no País”. Os R$ 500 serão empregados no instituto que preserva a memória de Tito, que enlouquecido pela tortura suicidou-se. Mário Albuquerque, da Comissão Nacional de Anistia do Ministério da Justiça, foi direto: “O que se espera do Estado brasileiro não é essa parte pecuniária. Vejo esse gesto com muita tristeza”. Como Vanda, Dilma sabe que dinheiro algum aplaca a dor de familiares de torturados.