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O dólar comercial abriu em forte alta nesta sexta-feira, 24, e chegou a bater os R$ 3,34, na máxima, ainda no início das negociações. Às 9h25, a moeda americana subia 1,25%, cotada aos R$ 3,332. Na véspera, o dólar fechou a R$ 3,291.

Investidores reagem às mudanças na meta fiscal do governo em 2015, quereduziu de 1,13% para 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB) a marca estabelecida para o superávit primário (economia para pagar juros da dívida do País).

A medida causa mau humor, uma vez que aumenta o risco de perda do grau de investimento do Brasil pelas agências de classificação de risco. O chamado "selo de bom pagador" é exigido por instituições para fazer negócios no País.

Também empurra para cima o dólar a ampliação dos ganhos generalizados da moeda no exterior. O dólar sobe em relação ao euro, ao iene e a várias moedas de economias emergentes e ligadas a commodities.

No exterior, a busca de proteção no dólar se sustenta após novos sinais de dificuldades na indústria e no comércio da China e indicadores recentes melhores que o esperado nos Estados Unidos, que aumentam as expectativas pela reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) na próxima semana.

Na semana passada, a presidente do Fed, Janet Yellen, afirmou que a taxa de juros no país deve subir "em algum momento deste ano". O reajuste causaria impacto na cotação do dólar frente ao real e a moedas de outros países.

Casas de câmbio já vendem dólar turismo a R$ 3,70
Se o dólar comercial fechou na quinta-feira, 23, beirando os R$ 3,30, para o consumidor, em casas de câmbio, o dólar turismo já ultrapassava a marca dos R$ 3,50. No caso do cartão pré-pago, com maior incidência de imposto, a moeda já batia a marca dos R$ 3,70, preocupando quem já está com viagem marcada para o exterior.

Na Confidence Cotação, o dólar americano em espécie era vendido a R$ 3,51, já com o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), de 0,38%. A moeda no cartão pré-pago, com taxa de IOF maior, de 6,38%, era comercializada a R$ 3,78. Na Cotação, o dólar em espécie era vendido a R$ 3,53, e o produto pré-pago, a R$ 3,68.

O preço salgado já preocupa os viajantes. Para Juvenal dos Santos, diretor de varejo da Confidence Câmbio, quem já está com viagem próxima deve comprar dólar agora para se proteger. Já quem só vai sair do País daqui a alguns meses pode comprar a moeda gradualmente para obter uma taxa média até o embarque. "A grande dica é comprar aos poucos, para tentar não deixar a viagem dos seus sonhos por causa de um momento desesperador", diz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.