AROEIRA/O DIA

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Itamaraty X PSDB na eleição de Bush

Sob o comando do ministro Luiz Felipe Lampreia, o Itamaraty torceu pela vitória de George Bush nas eleições dos EUA. O raciocínio é simplista: o Partido Republicano é bem menos protecionista do que o Democrata, logo, um presidente republicano, como Bush, será melhor para o Brasil do que um democrata como Al Gore. Em tempos de crise do Mercosul, a análise dos auxiliares de Lampreia se mostrou desastrosa. Pelo menos é o que pensa a cúpula tucana. Para o PSDB, a eleição de Bush pode resultar numa grande encrenca. O deputado e ex-ministro do Planejamento Antônio Kandir (PSDB-SP), por exemplo, está em pânico. “Num dos debates transmitidos pela tevê, George Bush deixou claro que a sua política para a América Latina dará prioridade ao fortalecimento do Acordo de Livre Comércio das Américas (Alca). Portanto, ele tentará passar o trator sobre o Mercosul, com grandes chances de conseguir. Isso será uma tragédia para a nossa economia”, avalia Kandir.

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Bate-boca no PTB

O líder do PTB, Roberto Jefferson, foi mais do que claro na reunião da bancada que decidiu pelo apoio à candidatura do deputado tucano Aécio Neves para a presidência da Câmara: “O ministro Aloysio Nunes Ferreira me disse que o presidente Fernando Henrique Cardoso vai ficar fora da briga. Não entrará nessa disputa de jeito nenhum. O governo decidiu abandonar Inocêncio Oliveira. Com o apoio do PMDB, Aécio Neves já está eleito.” Resposta do deputado Rodrigo Maia (PTB-RJ), que é filho do prefeito-eleito do Rio de Janeiro, César Maia, e apóia a candidatura do cearense Ciro Gomes, cacique do PPS, para a Presidência da República: “Pode ser. Então o partido fica com o Aécio e eu voto no Inocêncio.”

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Transcontinental

A Polícia Federal e o Ministério Público desconfiam de que o juiz Nicolau dos Santos Neto teve o apoio de um grande empresário de São Paulo enquanto esteve foragido. O empresário, a quem Nicolau prestou favores durante a ditadura militar, teria deixado à disposição do juiz um jatinho intercontinental.

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Expulsões no PFL

A convite do líder Inocêncio Oliveira, o deputado Moroni Torgan participará na quarta-feira 20 da reunião da executiva nacional do PFL em que será proposta a expulsão do partido do presidente da Assembléia Legislativa do Espírito Santo, José Carlos de Gratz, e de seu colega de bancada, Gilson Lopes. Gratz e Lopes foram indiciados pela CPI do Narcotráfico. “Não dá para continuar convivendo com esse tipo de gente”, diz Inocêncio. “Vou lá para detonar esses bandidos”, promete Moroni. Gratz é o dono do PFL no Espírito Santo.

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Guerra dos fundos

Neste sábado 16 vence o prazo legal para os fundos de pensão passarem a cobrar de seus empregados contribuições para as aposentadorias iguais às das estatais que os contratam. Mas até a sexta-feira 15, o Banco do Brasil e seu fundo, o Previ, ainda não haviam chegado a um acordo. O fundo exigia que o BB continuasse contribuindo com o dobro da parcela dos empregados. O Banco do Brasil, por sua vez, cobrava uma dívida de R$ 4,2 bi do Previ. Desaforo vai, desaforo vem, já havia gente no comando do BB pensando numa intervenção na diretoria do Previ.

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Rápidas

Comentário do ex-presidente José Sarney a um amigo: “Pois é, costumam dizer que o Antônio Carlos não dá ponto sem nó. Eu só temo que ele também esteja fazendo isso comigo.”

A turma do Palácio do Planalto anda preocupadíssima com a família de Eduardo Jorge. Perguntam a todas as redações se um irmão do ex-ministro tem falado mal do governo.

O senador Ronaldo Cunha Lima, cacique do PMDB da Paraíba em guerra com o governador José Maranhão, já acertou com o PPS. Vai para o partido de Ciro Gomes.


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