Uma das atrizes mais veneradas do mundo, Audrey Hepburn (1929-1993), a eterna “Bonequinha de Luxo”, título brasileiro do filme “Breakfast at Tiffany’s” (1961), é considerada um dos maiores símbolos do glamour de Hollywood.

O que poucas pessoas sabem, no entanto, é que antes de se tornar uma estrela, Audrey teria passado fome e vivido de perto os horrores da Segunda Guerra Mundial, como revela uma nova exposição na National Portrait Gallery, em Londres. A mostra, intitulada “Audrey Hepburn: Retratos de um ícone”, em cartaz até 18 de outubro, é composta por setenta fotos de diversas fases da vida da atriz.

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DO JEJUM AO GLAMOUR
A atriz em recital, em 1942, aos 13 anos, e depois como
sua personagem mais famosa, Holly Golightly

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Entre as imagens mais íntimas estão retratos em preto e branco de sua adolescência passada na Holanda ocupada pelos nazistas, época em que ela e a mãe, Ella van Heemstra, chegaram a passar fome e sofreram de desnutrição.

Nascida em Bruxelas, na Bélgica, Audrey se mudou com a mãe para a cidade de Arnhem, na Holanda, aos 11 anos, em 1940, justamente para evitar as atrocidades da guerra. Naquele mesmo ano, no entanto, os nazistas invadiram o país, onde permaneceram até 1945. Durante toda a ocupação, a jovem, que sonhava em ser bailarina, participou de apresentações de dança para juntar fundos para a resistência holandesa. Além de sofrer com a escassez de alimentos, em 1944 a casa de campo da família de Audrey e o conservatório onde ela praticava balé foram destruídos pelo conflito entre alemães e Aliados.

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Após o fim da guerra, a carreira de bailarina profissional não vingou por conta do corpo franzino, resultado da desnutrição sofrida na adolescência. Porém, descoberta por acaso aos 21 anos por uma autora de peças de teatro, a bonequinha deixou para trás o passado sofrido e se tornou uma das maiores atrizes da história do cinema.

Fotos: Manon Van Suchtelen; Divulgação