A tentativa de transformar em polêmica a continência à bandeira prestada por alguns atletas do Brasil medalhistas em Toronto é sintoma de um país ainda mal resolvido com o papel de suas Forças Armadas e também do Fla x Flu político que tomou conta da nação.

A razão para alguns dos esportistas da natação e do judô, como Charles Chibana (foto), terem feito o gesto é muito simples: eles são militares. São integrantes do Exército, da Marinha ou da Aeronáutica graças a uma parceria entre Forças Armadas e COB que tem como objetivo:

– 1 – reforçar o time de atletas militares brasileiros (em 2011, o Rio sediou os Jogos Militares);

– 2 – reforçar a renda (por meio do soldo) e o acesso à estrutura de treinamento de atletas de ponta.

Tudo isso, é claro, faz parte de um contexto maior, de um País que decidiu sediar uma Olimpíada e que, pelos meios disponíveis, procurou investir no esporte de alto rendimento.