AROEIRA/O DIA

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Sarney joga a toalha

O ex-presidente José Sarney assistiu arrasado, pela tevê de seu gabinete, ao bate-boca de quarta-feira 6 entre o presidente do Senado, Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), e o presidente do PMDB, Jader Barbalho (PA). Pouco antes de os dois adversários se digladiarem no plenário, Sarney começara a rabiscar um mapa com expectativas de votos para presidente da Casa entre os senadores. Achava que poderia vir a ser o que definia como “candidato de consenso” dos dois grupos. Depois da brigalhada, concluiu que não há mais a hipótese de um acordo entre PFL, PMDB e os demais partidos. Conversando com outro senador, afirmou: “Os dois perderam, mas também acabaram-se minhas chances. Não poderei mais ser o candidato de consenso.” Como, antes, ele já havia dito que só concorreria dentro de uma solução consensual, isso significa o seguinte: Sarney desistiu. Agora vai tentar se recompor com o PMDB.

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Obrigado, amigo sogro

Na segunda-feira 20, os baianos acordaram com uma desagradável surpresa. Trafegar na movimentada Estrada do Coco, que liga Lauro de Freitas à Praia do Forte (região metropolitana de Salvador), passou a custar R$ 2 durante a semana e R$ 3 nos fins de semana. As empresas que ganharam a concessão da obra – OAS e Odebrecht – abriram os guichês antes de duplicar a estrada. “A Bahia está lançando moda. Essa é a primeira estrada do mundo de via única que cobra pedágio”, protesta o deputado estadual João Henrique (PDT).

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Dossiês na praça

O presidente-reeleito da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, Eduardo Eugênio Gouvea Vieira, depois de mudar os estatutos da entidade, é novamente candidato à reeleição. O empresário Ivan Botelho, que também concorre ao cargo, já arranjou um apelido para o adversário: “Fujimori do Rio”. A guerra é tanta que começaram a aparecer dossiês no mercado.

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Vingança peemedebista

A cúpula nacional do PMDB pretende invadir a Bahia na segunda-feira 11. Jader Barbalho, Pedro Simon, Renan Calheiros, Michel Temer e Eliseu Padilha vão provocar ACM participando de comemoração promovida por Geddel Vieira Lima. Trata-se da solenidade de filiação de um grupo de deputados ao PMDB, todos ex-aliados de Antônio Carlos Magalhães.

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De olho no inimigo

O general Alberto Cardoso e a líder do PT no Senado, Heloisa Helena, em visita à sede da Agência Brasileira de Informações (Abin)

 

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Quinta coluna

Inocêncio Oliveira (PFL-PE) ainda não entregou os pontos na luta contra Aécio Neves (PSDB-MG) pela presidência da Câmara. Está contando aos aliados que tem o apoio de uma figura de peso no PSDB. Segundo ele, o governador do Ceará, Tasso Jereissati, já estaria trabalhando a seu favor nos bastidores.

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Rápidas

A Mesa da Câmara já sabe a quem responsabilizar, se algo acontecer ao presidente da CPI do Narcotráfico, Magno Malta (PTB-ES). Ele está sendo ameaçado de morte no seu Estado.

De Jorge Bornhausen para Antônio Carlos Magalhães: “O Tasso Jereissati nem é o tucano da minha preferência. Acho melhor o Serra, o Paulo Renato e até o Malan.”

O prefeito eleito do Rio, César Maia (PTB), já informou ao PT: gostaria de apoiar o deputado Jorge Bittar para governador do Estado em 2002. Bittar só não sabe se isso é bom ou ruim.

Quem disse que a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) não acabou? Na reunião de quinta-feira do seu Conselho de Governadores, dos 11 integrantes, só havia dois governadores.