Na terça-feira 7. Dilma Rousseff sancionou lei que torna crime hediondo (penas bem maiores) o assassinato de policais e demais pessoas que trabalhem em órgãos de segurança – a lei se estende aos cônjuges. É claro que esses profissionais correm maior risco de morte porque entram em confronto direito com bandidos, mas é óbvio também que eles andam armados. E como fica a enorme parcela da população que não atua nesse setor e é proibida de portar armas? A vida de quem não é policial ou agente de segurança (e a vida das esposas) têm então menor valor? Mais uma vez a presidente vai pelo caminho da inconstitucionalidade. Antes de criar a “mulher sapiens”, criou o “feminicídio” para crimes de gênero – o que é inconstitucional porque assassinato de gente é assassinato de gente, seja homem ou mulher. Agora hierarquiza, quebrando novamente o princípio legal da isonomia que rege o Estado de Direito, categorias profissionais na penalização do homicídio– consequentemente na valorização da vida.