É notório em todos os cantos do País, em qualquer roda de conversa, nas mais abastadas e nas menos favorecidas camadas da sociedade, um grau de insatisfação e de revolta crescente com o governo petista de Dilma. E não apenas as pesquisas demarcam, com seus implacáveis 9% de popularidade, esse baixo grau de apoio. A frustração está nas filas de supermercados, com as pessoas reclamando do preço das mercadorias; está nas praças e nas ruas, com o aumento das hordas de desempregados; está nas empresas que não conseguem mais pagar as contas e (muitas) fecham as portas. O brasileiro está cansado! Vergado pela baixa estima. Indignado com tamanho descaso, com a avalanche de mentiras lançadas para a perpetuação de um projeto de poder, com a deterioração acelerada de valores morais essenciais, com os esquemas deploráveis de desvio do dinheiro público. O brasileiro não aprova o que foi feito em seu nome e quer um basta. Exige mudanças! Jamais compactuou com as manipulações fiscais praticadas para esconder rombos, nem engolirá passivamente as falsas promessas e os disparates lançados em campanha que – depois se viu – não guardavam qualquer elo com a realidade. Para a esmagadora maioria não há como tornar mais branda a constatação de que Dilma e seu partido enganaram o País. Tramaram expedientes nada republicanos para viabilizar seu objetivo maior de controle do Estado. E, de quebra, flertaram em vários momentos com arbitrariedades (entre elas o intuito declarado de manipular a polícia e suas investigações). Ao menos no que tange ao senso comum, é visível a falência de representatividade desse governo junto a seus governados. Em resposta às pressões e ao funcionamento democrático de instituições como o TCU, o TSE e a PF, a presidente recorreu ao surrado estratagema de falar em “golpismo”. Nada mais distante dos fatos. A adoção de instrumentos constitucionais e a efetiva atuação desses organismos compõem a base do estado de direito. De nada valem bravatas como as verbalizadas por Dilma, que avisou em entrevista na semana passada: “eu não vou cair. Eu não vou, eu não vou!”. Quando muito, tais imprecações denotam soberba, desespero e autoritarismo. Em pouquíssimo espaço de tempo – nada mais do que meses desse segundo mandato – a Nação se deparou com um cenário tenebroso, consumida pela corrupção e ladroagem endêmicas e por toda sorte de ineficiência administrativa. Vieram os aumentos abusivos de energia elétrica, de juros e de impostos associados ao descontrole inflacionário e a piora dos sistemas de saúde, transporte e educação, hoje sem verbas e capacidade operacional. Não por menos, a presidente Dilma perdeu lastro e segue sitiada em seus delírios de prepotência. Certamente jamais os eleitores vão esquecer o que esse governo e seu partido fizeram, e continuam a fazer, de errado, como um legado perverso para não ser repetido.