O carro dos sonhos de todo policial foi apresentado a autoridades da área de segurança pública de vários Estados, na quinta-feira 30, em São Paulo, pela empresa TCT Blindados. Batizado com o nome de Rhinus Combat, a máquina é toda feita de aço e resiste a tiros de grosso calibre disparados pelos fuzis AR-15 e FAL. O veículo militar, que é blindado e 100% nacional, foi desenvolvido especialmente para operações policiais e pode atuar nas mais diversas situações. Segundo seus fabricantes, ele é ideal para servir de apoio em situações de grande conflito, como entrar em áreas de difícil acesso. Os policiais podem fazer disparos de dentro do carro, que também serve de escudo devido à resistência. Com motor Mercedes-Benz LO 814 turbinado, o Rhinus Combat pesa 5,8 mil quilos e atinge a velocidade de até 130 km/h. A visibilidade assim como a angulação oferecidas são de 360 graus, o que significa dizer que uma vez dentro dele o policial tem condições de atirar de qualquer lado. Além dos materiais básicos podem ser acondicionados no veículo compartimentos de armamento, de materiais balísticos, como coletes, capacetes, escudos e compartimentos de cargas explosivas. O modelo tem seis lugares, mas pode ser aumentado em razão da amplitude do chassi.

O projeto foi desenvolvido em três anos pela TCT, indústria de caminhões blindados que detém 90% do mercado de carros-fortes e possui uma linha de produção em série. “Adaptamos um carro de transporte de valores para um carro militar”, afirmou Nelson Fraile, diretor industrial da TCT. De acordo com Fraile, cada unidade custa R$ 110 mil. “Um similar no Canadá é vendido por US$ 235 mil”, acrescentou. Para Edgar Risso Castro, dono da TCT, “o Rhinus Combat é um carro à altura das armas dos bandidos da atualidade”. Segundo o coronel Roberto Urbano, oficial da reserva do Exército e engenheiro de armamento, “as forças policiais estão carentes de opções de segurança”. Urbano, que desenvolveu a blindagem, considera “o veículo ideal para combater conflitos envolvendo guerra de tráfico e controle de penitenciárias em época de rebelião”.