Laís Ribeiro desfila para a grife de Victoria’s Secret desde 2010, mas só agora a top foi oficialmente coroada como “Angel” da marca, posto dos mais almejados entre as modelos. “Veio o convite para integrar o time é isso é ótimo”, diz. Laís é uma das tops que se posicionou contra a forma de abordagem ao mundo da moda pela novela “Verdades Secretas”, da TV Globo. “Não é a novela em si, pois é ficção. O que me incomoda é isso se tornar referência para a realidade. Lutamos contra estes estereótipos”, critica. “Muitas modelos trabalham duro, saem cedo de casa e sofrem com saudade da família e a adaptação em um país diferente. É preciso ficar claro para o espectador e para as meninas que sonham com esta carreira que as agências realmente atuantes no mercado de moda não se envolvem com este tipo de coisa apresentada na novela. As modelos reconhecidas têm uma conduta séria e de respeito.” A top fez uma passagem relâmpago pelo País para curtir férias com o namorado, o jogador de basquete Jared Homan. “Levei Jared para conhecer o Piauí (terra natal da modelo).Quis mostrar a ele as belezas do Brasil”.

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"Será bom para Cuba"

O escritor cubano Leonardo Padura, destaque em Paraty na Flip, voltou para Havana na terça-feira 7 com a expectativa de saber como será, em 10 dias, a reabertura da embaixada americana em Cuba, marcada para 20 de julho. O ato vai oficializar a reaproximação entre os dois países, que estavam de relações cortadas desde 1961. Para ele, a reaproximação com os EUA será boa para Cuba, mesmo que o ato ainda seja proforma. O autor de best-seller “O Homem que Amava os Cachorros”, sobre o exílio e o assassinato de Trotski, passeou de barco por Paraty antes de estrear na Flip, no último dia da Festa Literária de Paraty. Na mesa que participou, ele contou que o ex-presidente Lula lhe disse ter se convertido em trotskista após ler seu romance. Padura falou de literatura policial. Seu famoso personagem Mario Conde, o detetive que virou livreiro em seus primeiros romances policiais, vai ganhar um seriado na televisão cubana, com roteiros escritos por ele. Na passagem por Paraty, Padura reencontrou o amigo Frei Betto, que também palestrou na cidade.

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Lá, eles conversaram sobre Cuba no coquetel na casa de Dom João Orleans e Bragança. “Será o encontro do Tsunami consumista americano com a austeridade cubana. Vai ser um choque”, opina Frei Betto, que lança em 10 de agosto em São Paulo o livro “Paraíso Perdido – Viagens ao Mundo Socialista”. A seguir, Padura fala a IstoÉ:

ISTOÉ – Como o senhor observa a reaproximação entre Cuba e Estados Unidos?
Leonardo Padura –
 Acredito que seja benéfico para Cuba. Creio que entre os dois países é muito melhor ter uma relação, senão por diálogo mas pelo menos por princípio. Que essa relação exista por um caráter diplomático, e que não exista mais esta tensão que durante tantos anos marcou a relação de Cuba com os Estados Unidos.

ISTOÉ – Como acredita que isso se construirá?
Padura – 
De qualquer maneira, isso por princípio é um processo. Vai demorar um tempo para que se construa um relação verdadeiramente normal, por haver o tema do embargo como centro disso tudo.

ISTOÉ – Qual é o risco de Cuba ser americanizada?
Padura – 
Eu não sei. Temos que esperar para ver o que acontecerá no futuro. Temos que aguardar para ver como se desenrola a normalização dessa relação. 

"Minha vida sempre foi de desafios"

Tarde de sol em Toronto, Canadá, sede dos Jogos Pan-Americanos de 2015. Minutos antes da recepção à delegação brasileira na vila dos atletas, Carlos Arthur Nuzman (à dir.), presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio-2016, pede um café enquanto aguarda a cerimônia. Entre um gole e outro, falou à ISTOÉ. Nuzman não quis comentar os preparativos do Rio para a Olimpíada. Alegou não saber dados de cabeça, mas espera que os Jogos sirvam como uma virada para o esporte brasileiro. Que a cerimônia de recepção em Toronto não seja um presságio. Ao lado do ex-jogador de vôlei Bernard Rajzman, Nuzman 
viu a organização do Pan tocar o hino nacional errado ao hastear a bandeira do Brasil, após a conversa com ISTOÉ:

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Legado para Brasil pós- 2016
“O investimento nos atletas é o maior legado. O País acordou e entendeu que o esporte beneficia a juventude, dá oportunidade a jovens sem recursos de despontarem. Há atletas magníficos que não estarão na Olimpíada em 2016, mas estarão em 2020 e 2024 e que já estão em competições internacionais. Esse trabalho é fundamental e não podemos perder.”

Investimento em esporte nas escolas
“A escola dá oportunidade à criança que tem talento. Há 10 anos organizamos os Jogos Escolares da Juventude, e 72% desses jovens foram aos Jogos Olímpicos da Juventude. Desses, 78 estarão aqui em Toronto. Esse é um resultado que conquistamos. Mas cuidar do esporte escolar não é uma atribuição do COB. Só estamos fazendo porque sentimos necessidade. O governo deve pensar que esporte de base é onde eles podem preparar um Brasil inteiro de atletas.”

Meta para o Brasil fica no top 10 das medalhas
“Tenho que confiar que vamos conseguir. Adoro desafios. Minha vida sempre foi de desafios, desde que era jogador (de vôlei). Aceitei o desafio de ir a uma Olimpíada jogando, como fui. E você se acostuma com desafios.” 

Fotos: Jurij Treskow (Laís Ribeiro); Lucas Bessel (Carlos Arthur Nuzman); Bruno Poletti/Folhapress (Leonardo Padura)