Tarde de sol em Toronto, Canadá, sede dos Jogos Pan-Americanos de 2015. Minutos antes da recepção à delegação brasileira na vila dos atletas, Carlos Arthur Nuzman (à dir.), presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio-2016, pede um café enquanto aguarda a cerimônia. Entre um gole e outro, falou à ISTOÉ. Nuzman não quis comentar os preparativos do Rio para a Olimpíada. Alegou não saber dados de cabeça, mas espera que os Jogos sirvam como uma virada para o esporte brasileiro. Que a cerimônia de recepção em Toronto não seja um presságio. Ao lado do ex-jogador de vôlei Bernard Rajzman, Nuzman
viu a organização do Pan tocar o hino nacional errado ao hastear a bandeira do Brasil, após a conversa com ISTOÉ:

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Legado para Brasil pós- 2016
“O investimento nos atletas é o maior legado. O País acordou e entendeu que o esporte beneficia a juventude, dá oportunidade a jovens sem recursos de despontarem. Há atletas magníficos que não estarão na Olimpíada em 2016, mas estarão em 2020 e 2024 e que já estão em competições internacionais. Esse trabalho é fundamental e não podemos perder.”

Investimento em esporte nas escolas
“A escola dá oportunidade à criança que tem talento. Há 10 anos organizamos os Jogos Escolares da Juventude, e 72% desses jovens foram aos Jogos Olímpicos da Juventude. Desses, 78 estarão aqui em Toronto. Esse é um resultado que conquistamos. Mas cuidar do esporte escolar não é uma atribuição do COB. Só estamos fazendo porque sentimos necessidade. O governo deve pensar que esporte de base é onde eles podem preparar um Brasil inteiro de atletas.”

Meta para o Brasil fica no top 10 das medalhas
“Tenho que confiar que vamos conseguir. Adoro desafios. Minha vida sempre foi de desafios, desde que era jogador (de vôlei). Aceitei o desafio de ir a uma Olimpíada jogando, como fui. E você se acostuma com desafios.” 

Foto: Lucas Bessel