Pop star – cartaz nacional na sexta-feira 15 – vem antecedido do desafio de aumentar a marca do filme anterior de Xuxa Meneghel. Com Xuxa requebra, ela bateu os dois milhões de espectadores. Desta vez sua pretensão é atingir pelo menos um milhão a mais. Diante de tamanha ambição, a apresentadora resolveu não correr riscos. Anunciado como uma comédia romântica, já ancorou seu marketing em cima do beijo “de verdade” que Xuxa lasca no galã global Luigi Baricelli, o Fred de Laços de família. Mas o romantismo vem abafado pelo excesso de números musicais com os grupinhos de sempre. Nem os desenhos da Disney mais chatinhos têm tanta gente cantando.

Quem deve estar adorando a história são as gravadoras, que usam o filme de Xuxa para aumentar as vendas de CDs no Natal. E dá-lhe aquela mesmice que infesta os programas de auditório o ano inteiro. Pop star, na verdade, parece um especial de fim de ano da apresentadora na Rede Globo. Tem lá seus momentos engraçadinhos e é bem realizado, mas a trama é tão bobinha e os diálogos tão risíveis que chegam a ser constrangedores. A história conta as aventuras da sonhadora Nick (Xuxa), ex-modelo que luta para se firmar como executiva no mundo da moda enquanto namora pela internet o tímido Raio de Luz (Baricelli). O apelo da modernidade informática é para fisgar um público mais crescido. Mas seria melhor os adolescentes ficarem em casa à frente do próprio computador.