O chá verde vem sendo objeto da ciência há algum tempo. As substâncias contidas na bebida ajudariam, entre outros efeitos, a proteger o coração e até a dar uma mão à beleza da pele. Na semana passada, surgiu mais uma evidência de sua versatilidade. Cientistas da Universidade de Murcia (Espanha) e da John Innes Center (Inglaterra) anunciaram ter descoberto um dos motivos de a planta (Camellia sinensis) apresentar ação anticancerígena, um de seus propalados benefícios. A razão estaria na presença de um composto batizado de EGCG. Ele impediria o crescimento de tumores e pode servir para criar uma droga contra a enfermidade.

Segundo os pesquisadores, a substância bloqueia a ação da enzima DFHR (ou diidrofolato redutase), um dos alvos das drogas anticâncer. “Mostramos pela primeira vez que a EGCG inibe a enzima”, declarou Roger Thorneley, da John Innes Center. Os especialistas notaram ainda que a estrutura do composto é parecida com a do remédio metotrexato, utilizado para destruir as células malignas. A EGCG é encontrada em concentrações altas no chá verde (cinco vezes mais do que no chá preto). Mas os cientistas alertam que a substância é, provavelmente, uma entre tantas outras que apresentam ação contra o câncer. Por isso, ainda não é possível recomendar uma medida de consumo da bebida.


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