“Ele funcionou como um pai para mim, tornou-se mentor e amigo”. Essa foi a mensagem colocada no Twitter por Pelé, que está nos EUA, para homenagear o volante Zito, bicampeão mundial pelo Santos e pela seleção brasileira (1958 e 1962) – ele se chamava José Ely de Miranda, morreu de insuficiência respiratória no domingo 14, aos 82 anos de idade. Zito foi o maior líder dentro do campo que o futebol brasileiro já teve, e prova disso é que, além de “pai e mentor”, foi também o único colega de time a dar em Pelé homéricas broncas como se estivesse chamando a atenção de um perna de pau. Certa vez, o centroavante Coutinho, que parecia se comunicar telepaticamente com Pelé tal a evolução das tabelas, não enxergou um lance. O rei desancou, Zito chegou junto: “ô Pelé, só você enxerga essas coisas, mais ninguém”. Em outra ocasião, Pelé parecia um pouco distraído, e novamente Zito o enquadrou: “tá a fim de jogar, joga; se não tá, sai”. Zito nasceu na cidade paulista de Roseira e morreu em Santos.