Não foi para afrontar religiosos que a atriz transsexual Viviany Beleboni desfilou na Parada Gay de São Paulo atada a uma cruz. O que ela queria era denunciar a violência que ainda ocorre contra gays e transsexuais. Viviany acabou sendo o centro de uma monumental discussão atraindo a crítica de setores mais conservadores de todas as religiões – até parlamentares evangélicos interromperam na quarta-feira 10 a votação da reforma política na Câmara e se manifestaram contrários a atitude da atriz. Viviany não é a primeira pessoa no Brasil a causar protestos pela utilização de símbolos religiosos de maneira descontextualizada: escolas de samba já foram proibidas de fazerem referência à cruz e cineastas se viram obrigados a retirar de seus filmes cenas do gênero. Viviany tem democraticamente o direito de expressar suas opiniões, mas foi no mínimo imprudente ao exercer um ativismo que beira o desrespeito. E está sob o risco de ser processada por injúria.


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