Uma infinidade de pessoas, em todo o mundo, já leu estarrecida o “Diário de Anne Frank” – ele existe em 70 idiomas. Trata-se do relato de uma adolescente judia que, perseguida pelos nazistas, foi acolhida – e escondida – por uma senhora holandesa chamada Miep Gies. Anne fazia anotações diárias. Quando ela foi morta, Miep corajosamente guardou os apontamentos que por fim vieram à luz em 1947. É um dos mais dramáticos documentos sobre a irracionalidade da guerra e, não fosse a destemida Miep, o mundo teria sido privado desse livro vital às almas democráticas. Ela morreu na Holanda, na terça-feira 12, aos 100 anos, de falência múltipla dos órgãos.