Morreu no Rio de Janeiro na quinta-feira 4, aos 94 anos, o general Leônidas Pires Gonçalves, em decorrência de queda sofrida uma semana antes. Deixa incongruências em sua biografia. É acusado de dirigir o DOI-Codi do Rio na ditadura militar, local em que oponentes do regime foram torturados e mortos. No período de transição à democracia, no entanto, foi escolhido pessoalmente por Tancredo Neves para ser ministro do Exército, e em 1985 teve papel decisivo para a ordem constitucional ao garantir a posse do vice José Sarney – que chegou ao Planalto justamente com a morte de Tancredo. Recentemente, Leônidas se manifestou contra a instalação da Comissão Nacional da Verdade, que apurou crimes cometidos pelas Forças Armadas.