Não bastasse o estrondoso sucesso da Galinha Pintadinha no Brasil, a personagem mais querida pelas crianças agora quer conquistar o público dos Estados Unidos e da América Latina. Com o alto faturamento da marca por aqui – estima-se que os produtos licenciados tenham movimentado cerca de R$ 550 milhões por ano —, a intenção agora é lucrar com as produções estrangeiras da franquia. “Esse movimento começou desde a publicação do primeiro clipe no YouTube em outra língua, que foi em espanhol”, diz Miguel Moreira, da Bromélia Produções, responsável pela criação da Galinha. “O conteúdo também fez sucesso nos EUA, já que a comunidade latina daquele país é bem expressiva, e então decidimos adaptar o conteúdo para o inglês.” No Brasil, os 36 clipes já atingiram cerca de dois bilhões de visualizações desde a estreia, em 2006.

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EXPORTAÇÃO
Juliano Prado e Marcos Luporini, os criadores do personagem

Os vídeos para a audiência estrangeira seguem a mesma fórmula: pesquisa e interpretação das canções que fazem parte do universo infantil da cada país, além de versões de músicas brasileiras e composições próprias. Para produzi-los, a Bromélia trabalha com estúdios parceiros nos Estados Unidos e no México. Segundo Moreira, a primeira estratégia para avançar no exterior é popularizar esses clipes e, depois, iniciar o licenciamento da marca para brinquedos e outros produtos. Nos EUA, a distribuição do conteúdo dos DVDs será feita de forma digital, por meio do iTunes e do Google Play. Há também contratos já firmados com a gigante da televisão mexicana Televisa e com outras empresas do ramo em países como Argentina, Chile, Bolívia, Equador, Espanha e Portugal. “Aproveitar o potencial de uma marca 100% nacional como a Galinha Pintadinha mostra a força do Brasil na produção audiovisual e no mercado de licenciamentos”, afirma Moreira. Essa galinha vai longe.

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Foto: Ricardo Dettmer 

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