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A balança comercial brasileira registrou em maio um superávit de US$ 2,761 bilhões, resultado de exportações de US$ 16,769 bilhões e importações de US$ 14,008 bilhões. Em maio do ano passado, a balança teve um superávit de US$ 711 milhões. Este é o melhor resultado para o mês de maio desde 2012. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 1, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).  

Na quarta semana do mês passado (25 a 31 de abril), a balança teve um superávit de US$ 813 milhões, com vendas externas de US$ 3,926 bilhões e importações de US$ 3,113 bilhões.
 
O saldo positivo de maio superou o teto das expectativas de mercado, que apontavam para um superávit comercial de US$ 2 bilhões a US$ 2,6 bilhões, de acordo com levantamento da Agência Estado. A mediana das estimativas apontava para um superávit de US$ 2,450 bilhões.
 
Segundo o diretor de estatística e apoio à exportação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Herlon Brandão, o comportamento da balança para o mês de maio é superavitário. "Já tivemos superávit de até US$ 4 bilhões para maio", afirmou Brandão.
 
No acumulado do ano até maio, a balança continua no vermelho, com déficit de US$ 2,305 bilhões. As exportações somaram US$ 74,700 bilhões nos primeiros cinco meses desse ano e as importações totalizaram US$ 77,005 bilhões. No ano passado, o déficit até maio foi maior, de US$ 4,860 bilhões.
 
O diretor Herlon Brandão afirmou que o déficit na conta petróleo faz com que o saldo global da balança comercial continue negativo. O saldo da conta petróleo está negativo em US$ 3,555 bilhões no acumulado do ano.
 
Sobre as importações para o mês de maio, Brandão afirmou que o resultado reflete a situação econômica e cambial do país. "O menor nível de atividade econômico causa menor demanda por produto importado", disse. As importações apresentaram queda de preço de 10,2% e de 8,8% de volume. 
 
Por outro lado, o diretor do MDIC afirmou que o preço das commodities continua influenciando o resultado da balança no ano. No mês de maio, houve recorde de exportação de soja com 9,3 milhões de toneladas do grão. Questionado sobre o desempenho da soja no resultado, Brandão afirmou que o pico das exportações do grão talvez já tenha ocorrido no último mês. 
 
Compras e vendas. As exportações brasileiras registraram média diária de US$ 838,5 milhões em maio, queda de 15,2% em relação ao mesmo mês do ano passado. Já as importações registraram média diária de US$ 954,3 milhões, com retração de 26,6% na mesma base de comparação. 
As exportações de básicos retrocederam 20,8%, para US$ 8,588 bilhões, resultado explicado pela venda menor de minério de ferro US$ 931 milhões (-62,3%), carne bovina US$ 349 milhões (-25,1%), minério de cobre (-19,2%), petróleo bruto (-15,9%) e carne de frango (-14,1%). 
 
Os embarques de manufaturados caíram 8,6% em maio, para US$ 5,810 bilhões, com queda principalmente em aviões (-42,8%), óxido e hidróxidos de alumínio (-17,4%), máquina para terraplanagem (-6,2%), papel e cartão (-3%). 
 
As exportações de semimanufaturados decresceram 4,7% no mês passado, para US$ 1,991 bilhão, puxadas, principalmente, por celulose (-20,8%), couros e peles (-16,5%), alumínio bruto (-10,6%) e óleo de soja bruto (-9,7%). Do lado das importações, caíram as compras de combustível e lubrificantes (-44,3%), matérias-primas e intermediários (-25,3%), bens de capital (-24,3%), bens de consumo (-16,1%). 
 
No caso dos combustíveis, a retração ocorreu principalmente pela redução do preço do petróleo. Já em bens de consumo, as principais quedas foram em automóveis e peças para bens de consumo duráveis.
 
Em matérias-primas, caíram as compras de insumos para agricultura, além de produtos alimentícios e acessórios de equipamentos de transportes. Em bens de capital, houve queda na aquisição de acessórios de máquina industrial e partes e peças para bens de capital para indústria e maquinaria industrial.