Há duas décadas o diretor Guilherme Fontes captou dinheiro para fazer o filme “Chatô, o Rei do Brasil”– adaptação para o cinema da obra do escritor Fernando Morais contando a trajetória do jornalista Assis Chateaubriand, fundador no início do século XX da empresa Diários Associados. Na semana passada o próprio escritor ajudou a anunciar nas redes sociais que finalmente o filme fora concluído. Ao longo dos 20 anos que distanciam o início do projeto de sua finalização, o diretor foi processado algumas vezes sob a acusação de não ter destinado o dinheiro captado à realização do filme. Em um dos processos ele acabou condenado a três anos de prisão, em outra ação foi sentenciado a ressarcir os cofres públicos e m R$ 71 milhões – equivalente a 70% da bilheteria de “Tropa de Elite–2”. O processo se baseia em improbidade administrativa, e Fontes agora discute na Justiça se ele, sem ser funcionário público, pode ou não responder criminalmente dentro dessa tipificação penal.