Não existem vazios nas pinturas do paulistano Beto Borges. Feitas de um emaranhado de formas, as 17 telas, reunidas pela primeira vez numa exposição individual, remetem às estruturas celulares ou, em movimento inverso, à vistas aéreas ou espaciais. De qualquer modo, não é o mundo dos contornos óbvios o que Beto Borges mostra com sua pintura caprichosa e obsessiva, que preenche de cor e vibração cada milímetro da tela branca. Saído das artes gráficas, o artista explora ao limite a superfície bidimensional do quadro, que se transforma numa pele tatuada de signos, rabiscos, bichos e gente em explosão de alegria (I.C.)
Vale a pena