E por falar em guerra…
Com a decisão do governador de Minas, Itamar Franco, de permanecer no PMDB, um personagem agora será assediado pelas forças governistas: trata-se do governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos. O objetivo é fazer com que Jarbas concorra às prévias do partido em janeiro. Caso vença Itamar e Pedro Simon, ele poderá, depois, negociar uma vaga de vice na aliança eleitoral com o PSDB para 2002. É a fórmula encontrada pelo presidente do partido, Michel Temer, e pelo líder na Câmara, Geddel Vieira Lima, para, num segundo momento, desbancar o favoritismo da governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PFL), como vice da aliança. O problema é que os pefelistas não ficarão de braços cruzados. “Se isso ocorrer acho melhor sairmos da aliança”, disse a um amigo o presidente do PFL, Jorge Bornhausen. Mas ele não joga a toalha: “Conheço bem o Jarbas. Ele não entraria numa aventura dessas. Na verdade, o Jarbas nem é do time dessa cúpula peemedebista.” Em outras palavras: está muito enganado quem espera pela paz na base governista. A verdadeira guerra ainda vai começar.

A guerra na Câmara
A julgar pela velocidade do corregedor da Câmara, deputado Barbosa Neto, na apuração das denúncias contra parlamentares, seus colegas Pauderney Avelino, Eurico Miranda e José Priante podem ficar tranquilos. Só agora o corregedor deve soltar o parecer sobre o caso José Aleksandro. Pois é. Aquele suplente do cassado Hildebrando Pascoal, que assumiu tempos atrás sob uma chuva de denúncias e até hoje não foi punido.

A guerra santa
Não convidem para o mesmo culto o governador evangélico do Rio, Anthony Garotinho, e o comandante político da Igreja Universal, deputado Bispo Rodrigues (PL-RJ). Convencido de que Garotinho quer eliminá-lo da política, Rodrigues resolveu trabalhar para detonar o governador. Depois de anunciar que pode até apoiar o PT nas eleições presidenciais, o deputado decidiu: no Rio, a Igreja Universal fecha com o arquiinimigo de Garotinho, o prefeito César Maia.

A guerra tucana
Na sede do governo cearense, o Palácio do Cambeba, já estava sendo articulada para esta semana uma declaração pública da viúva de Mário Covas, dona Lila Covas, em favor da candidatura de Tasso Jereissati a presidente. Em português claro: o tucano que apoiar José Serra estaria traindo a memória de Covas.

A guerra dos cargos
FHC mandou avisar ao PMDB: o partido não vai indicar o substituto de Delcídio Gomez, aquele diretor de gás da Petrobras que assumiu por indicação de Jader Barbalho e agora vai se filiar ao PT do Mato Grosso. A vaga será preenchida por um técnico da estatal.

Rápidas

O governo bateu o martelo: o novo ministro da Integração Nacional será o senador Ney Suassuna (PMDB-PB). Foi o único político aliado que aceitou o cargo.

O líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL) foi convidado, na quinta-feira 4, pela terceira vez por FHC para assumir o Ministério. Declinou gentilmente.

No Ceará, Ciro Gomes declarou que se esgotou o modelo administrativo do governador Tasso Jareissati. Ou seja, avisou que não andam boas as relações dos dois.

Aliada do vice-governador de Minas Gerais, Newton Cardoso, a deputada Maria Elvira informou ao líder do governo, Arthur Virgílio Neto que volta a apoiar o governo federal.