08/05/2015 - 20:00
O pai do historiador holandês Ian Buruma era um estudante de Utrecht quando foi levado para um campo de concentração onde testemunhou a transformação de “holandeses de bem” em torturadores e assassinos da polícia de Adolf Hitler. Movido pela narrativa sobre o desmoronamento físico e moral que a Europa sofreu com a Segunda Guerra Mundial, o filho construiu sua produção intelectual nos Estados Unidos, sendo hoje uma das principais referências acadêmicas sobre o período que se seguiu ao fim do conflito. O seu elogiado livro “Ano Zero”, que sai agora no Brasil se dedica justamente aos anos que sucederam o fim do embate, que tem o 8 de maio como data-símbolo da vitória dos países aliados contra a Alemanha, há exatos 70 anos. Mostra de maneira minuciosa as jogadas que transformaram os crimes de guerra em moeda corrente no conflito que se seguiria, o da Guerra Fria.
+5 livros sobre a 2ª GM
A última Batalha
Cornelius Ryan (foto) entrevistou militares alemães, americanos e soviéticos para contar os últimos dias do combate
Europa na Guerra – 1939-1945
Norman Davies conta a história da 2ª GM sob um ponto de vista mais “oriental”, minimizando o papel dos EUA e valorizando o soviético.
Stalingrado – O Cerco Fatal
Antony Beevor narra os horrores da mais sangrenta batalha da 2ª GM.
As consequências econômicas da paz
John Maynard Keynes prevê no livro de 1919 que a Europa voltaria a guerra por conta do Tratado de Versalhes
Ascensão e queda do III Reich
Relato atento de William Shirer de como Hitler e seus delírios megalômanos levaram a Europa quase à destruição