Dividida em sete módulos, apresentando 241 peças entre esculturas, pinturas, fotografias, objetos e vídeos, a mostra ensina como enxergar e entender sob várias óticas a fina camada que cobre o corpo humano. Há, por exemplo, um sepultamento pré-histórico feito há nove mil anos, achado num sítio arqueológico na Serra do Cipó, em Minas Gerais, no qual ainda se podem ver os vestígios da cor ocre com que os mortos eram pintados. No simbolismo da pele, encanta a variedade de desenhos com os quais os índios kadiwéu cobriam seus corpos e objetos. Em matéria de cena teatral, surpreende a fartura de apetrechos de maquiagem da cantora lírica Nadyr de Mello, famosa no Rio dos anos 40 e 50. E, na arte da tatuagem, vem da Polinésia milenar os melhores exemplos, seguidos da África e suas cicatrizes, formando belos desenhos étnicos na pele negra. É uma exposição que traz muita arte, protesto e sobretudo culto à beleza. (C.C.)
Vale a pena