Conhecido pelo humor e pelo colorido com que retratava situações ingênuas, o artista paulista José Antonio da Silva (1909-1996) ganha agora uma exposição com 30 óleos – 22 deles inéditos – e um guache e nanquim sobre papel. Basta entrar na galeria para ser alvejado pelo impacto de cores fortes e exuberantes. Depois, ao observar atentamente cada um dos quadros, vai se descobrindo uma riqueza única de detalhes que elevam o pintor ao posto de mestre da arte naïf ou ingênua, como preferem alguns. São cenas rurais nas quais não faltam certo olhar sagaz e toques de refinamento. As paisagens retratando lavouras de café, milho e algodão, por exemplo, revelam técnica e um apurado senso de espaço. Sem falar na riqueza de movimentos impressa em telas como Que beleza meu Deus, título mais do que apropriado. (C.F.)
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