Já não existem os 3,4 milhões de votos que deram à Dilma Rousseff vitória sobre Aécio Neves no ano passado. Pelo menos na ótica do eleitor mineiro, estado onde o tucano sofreu a mais emblemática derrota na corrida ao Planalto. Segundo pesquisa do Instituto Sensus concluída na terça-feira 28, se a disputa fosse hoje ele venceria com frente de 6,6 milhões de votos. Foram 1 mil entrevistados em MG: Aécio faturou 79% dos votos (47,6% em 2014) e Dilma 21% (52,4%). Em seu berço político, o senador já pode dormir em paz.

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Política
Dança das cadeiras

Vinicius Lages está dando expediente no gabinete de Renan Calheiros no Congresso. O ex-ministro do Turismo, contudo, não ficará muito tempo por ali. O senador está empenhado até o último fio de cabelo – inclusive os transplantados – para que ele seja indicado a uma diretora da Anatel.

Balança comercial
Pontos de partida

Rio de Janeiro e São Paulo concentraram as exportações de medicamentos do Brasil no ano passado. Pelos aeroportos de Viracopos e Guarulhos foram embarcadas mercadorias que somaram US$ 882,7 milhões, aos quais adicionam-se outros US$ 29 milhões via o Galeão. Já pelo porto carioca saíram US$ 31 milhões, além de US$ 578,8 milhões exportados por navios que atracaram em Santos.

Itamaraty
Moça da limpeza

A Embaixada do Brasil na Alemanha tem encontrando dificuldades para achar uma faxineira. Pela primeira vez precisou publicar anúncio para atrair mão de obra. Antes havia fila na porta. Parte do desinteresse é o baixo salário. Em Berlim uma pessoa recebe na função 13 euros por hora – o que leva uma diária a R$ 350,00.

Agências Reguladoras
Papo sério
Arthur Chioro empenhou-se pessoalmente na indicação de Jarbas Barbosa para ocupar vaga na diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. A tal ponto que o ministro conversou com produtores de vacinas, de remédios e equipamentos médicos, antes do Planalto enviar o nome do epidemiologista ao Congresso. Usou um único argumento: a Anvisa precisa de um presidente técnico, sem filiação ou indicação partidária e que seja da área de saúde. Mas o trabalho de Chioro acabará favorecendo outro indicado: Fernando Mendes, hoje diretor adjunto da agência e afilhado político de Renan Calheiros.

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Fisco
É real

Painel instalado no Centro de São Paulo que exibe o valor de tributos pagos pelos brasileiros, o Impostômetro da Associação Comercial paulista bateu a marca de R$ 600 bilhões na semana passada – nove dias mais cedo em relação a 2014. Antes que alguém pense ter a engenhoca pirado, melhor ouvir o economista-chefe da entidade, Marcel Solimeo: “O crescimento da economia está pífio, mas a inflação acima de 1% é repassada no ato para os preços dos produtos e os impostos subiram bastante este ano”. Em uma década, o impostômetro cravou R$ 12 trilhões de arrecadação tributária.

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Senado
O progressista

Renan Calheiros parecia em casa, na manhã de quarta-feira, 29, ao receber em seu gabinete uma dúzia de senadores da Frente Progressista Suprapartidária, criada na véspera com parlamentares de sete partidos indignados com a onda conservadora que brota na Câmara dos Deputados. “No Senado vamos gastar 1/3 do tempo que levaram os deputados para votar a proposta. Lá foram 12 anos, aqui uns três ou quatro”. Pouco antes, cumprimentado pelo colega de casa Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), por sua conversão progressista nos últimos dias, Renan gostou e emendou: “Randolfe, eu ganhei a eleição para presidente do Senado com o centro, mas vou governar com a esquerda…”.

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Rio de Janeiro
Aliás…

… a agência de risco Standard & Poor´s recompensou a parcimônia com os gastos públicos destinados às Olimpíadas do ano que vem, classificando o município do Rio de Janeiro  com nota de risco um nível acima (BB+) da atribuída ao governo brasileiro (BBB -). O selo sinaliza aos investidores possibilidades de ganhos explorando o negócio.

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Turismo
Outros rumos

Maior administradora nacional de hotéis e aparts da Região Centro-Oeste, a HPlus avançará em outras direções. Planeja abrir quatro unidades nos próximos meses em São Paulo, Pará e Tocantins. Com isso, o faturamento estimado do grupo atingirá a casa dos R$ 100 milhões, até dezembro de 2016.

Lava Jato
Alvo próximo

​Uma nova fase da Operação Lava Jato entrará na mata cerrada das agências de publicidade usadas como fachada para lavar dinheiro e pagar recursos para intermediários das fraudes e propinas. Em “a origem”, etapa atual, o juiz Sérgio Moro e auxiliares chegaram às portas do Ministério da Saúde e da CEF, onde circulava o publicitário Ricardo Hoffman, ex-diretor da agência Borghi/Lowe, em Brasília. Agora, outras ramificações mais nobres serão alvo das investigações.

Empresa
Novos ares

Até dezembro, a Embraer vai transferir todas as atividades corporativas que mantém em Villepinte, na França, para uma base em Amsterdã, na Holanda.  A vistosa sede de 6 mil metros quadrados inaugurada em 2006 sairá de cena com elegância, em tempos de austeridade. Os serviços de suporte ao cliente, incluindo a manutenção de aeronaves, ficarão dentro de área que a empresa possui – e aumentará – no aeroporto de Le Bourget, nos arredores de Paris.

Varejo
Duas rodas

A Casas Bahia registrou alta de 20% nas vendas de bicicletas no 1º trimestre deste ano. A marca inédita fez a empresa pedalar rápido: ampliou o mix de produtos nas lojas e apostou em modelos com design mais arrojado e melhor desempenho. O ticket médio da categoria subiu, principalmente em São Paulo – 11,5% de crescimento nas vendas, em comparação com janeiro-março de 2014. Apostando em crescente demanda a rede mudará a exposição das bikes nas lojas, a partir de agora.  

Aviação
Jato real

Dono de um Learjet 45 ano 2008, Roberto Carlos não olha apenas o roteiro do show que fará dias 11 e 12 de maio no Abbey Road, em Londres, para gravação de novo DVD/ CD em espanhol. O Rei estuda a compra de um novo avião, com a mesma alta performance, porém, maior autonomia de voo, para encarar as suas constantes viagens, de agora até abril de 2016, período comemorativo no Brasil e no exterior, de seus 50 anos de carreira.

Cultura
A volta de “Cauby”

Em cartaz em São Paulo com o musical “Sim! Eu aceito!”, Diogo Vilela tem sido alvo de muitos elogios. Mas nas conversas pós-encenação o público sempre comenta sobre a sua interpretação mediúnica em “Cauby, Cauby”, de Flávio Marinho. Sensibilizado, o ator resolveu remontar o espetáculo, para estreia em dezembro. Só que vai começar do zero: botar o projeto na lei, captar recursos, fazer cenários, etc. Valerá a pena? O público tem certeza que sim. 

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Fotos: JOÃO CASTELLANO/AG. ISTOÉ; Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil; DOUGLAS PINGITURO/BRAZIL PHOTO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO; Geraldo Magela/Agência Senado; Divulgação; João Miguel Júnior/ Rede Globo