O aguardado filme policial As duas faces da lei, estrelado pelos atores Robert De Niro e Al Pacino, tinha tudo para ser o sucesso do ano. Além de ter no elenco dois protagonistas geniais, seu roteiro foi escrito pelo americano Russell Gewirtz (do excelente thriller Plano perfeito) e a direção é de Jon Avnet

– ele não é nenhum Sidney Lumet (dirigiu Al Pacino em Um dia de cão), mas tem em sua carreira sucessos como Tomate verdes fritos. Outra razão para apostar que o longa seria bem-sucedido nas bilheterias de todo o mundo é o fato de De Niro e Al Pacino estarem contracenando pela primeira vez (em Fogo contra fogo, de 1995, eles atuaram juntos, mas só se encontram numa única cena), o que desperta curiosidade no público – aspecto que foi amplamente explorado na divulgação pelos produtores. A idéia de emplacar essa parceria vinha sendo estudada há algum tempo e cada um dos atores recusou mais de 30 roteiros. Eis que o escolhido foi Righteous kill, nome original do filme que estréia no Brasil na sexta-feira 10. Todo esse entusiasmo que antecedeu a estréia, no entanto, desaponta quem esperava por uma produção genial. O filme é um típico thriller policial, mas é morno. E vale mais pela atuação dos atores, especialmente Robert De Niro, que tem expressões e tiradas excelentes, do que propriamente pela sua trama.


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