12/04/2015 - 16:08
Os protestos contra o governo da presidenta Dilma Rousseff e pelo fim da corrupção se repetiram hoje (12) em várias cidades do país, porém com número bem abaixo que o registrado no ato do dia 15 de março. Em São Paulo, que registrou o maior contingente de manifestantes no dia 15 de março, a manifestação deste dia 12 começou com atraso, às 15 horas, e fecha o tráfego de veículos nos dois sentidos da Avenida Paulista, com a maior concentração em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). A Políci Militar não dvulgou ainda quantas pessoas estão no local.
Confira como foram as manifestações pelas cidades do Brasil. Em algumas, o ato terminou no início da tarde.
Brasília
Balanço final da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) sobre a manifestação contra a corrupção, a favor da democracia e pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff realizada hoje (12), em Brasília, mostra que o movimento teve um pico de concentração de 25 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios.
Assim como no ato de 15 de março, a manifestação de hoje transcorreu em clima pacífico e sem ocorrências graves registradas pelas autoridades de segurança. “Tivemos hoje, no pico de concentração dos manifestantes, em torno de 25 mil pessoas. Não tivemos registro de ocorrência de gravidade. Foi bem tranquilo e a polícia agradece a forma de participação da população, bem ordeira, tranquila e pacífica”, destacou o chefe do Departamento Operacional da PMDF, coronel Lemos. No ato promovido há cerca de um mês, também na Esplanada, a PM estimou a participação de 45 mil pessoas.
Convocada pelas redes sociais, a manifestação em Brasília teve concentração na região central administrativa da cidade. Por volta das 9h, os manifestantes começaram a chegar para o ato e concentraram-se em frente à Biblioteca Nacional de Brasília e o Museu da República. Por volta das 10h, as pessoas, em sua maioria com roupas nas cores verde e amarelo e carregando bandeiras do Brasil, saíram em passeata em direção ao Congresso Nacional.
Desde o início dos protestos, os gritos de ordem eram contra o PT, a presidenta Dilma, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a corrupção e pelo impeachment. Os manifestantes também pediam a redução do número de ministérios e de deputados, além de mudanças na legislação eleitoral para acabar com a suplência para o cargo de senador. Outro pedido dos manifestantes era a saída do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli do cargo por ter sido advogado do PT e indicado ao STF por Lula.
Em diversos momentos, os trios elétricos tocaram o Hino Nacional, que era cantado pela multidão. Um pequeno grupo, autointitulado A Ordem Dourada do Brasil, pedia a “intervenção constitucional militar”. Na chegada dos manifestantes ao gramado do Congresso, dois grupos se desentenderam, um que gritava pela democracia e outro que pedia a intervenção das Forças Armadas. Foi necessária a atuação de policiais militares para conter o tumulto.
Cerca de três horas depois do início da manifestação, as pessoas começaram a se dispersar e o ato foi encerrado.
Rio de Janeiro
A Orla de Copacabana voltou a ser tomada por manifestantes contrários ao governo. Acompanhados de três carros de som e com bandeiras diversas, o grupo caminha pela Avenida Atlântica. Além do pedido de impeachment da presidenta Dilma e de investigação das denúncias de corrupção, há, entre os manifestantes, os que defendem a reforma política e grupos que pedem o retorno dos militares ao poder. Segundo a PM, foram 12 mil participantes que se dispersaram antes de chegar ao destino final, que seria a praia do Leme.
Belo Horizonte
A manifestação contra o governo Dilma Rousseff (PT) na capital mineira acabou por volta das 14h30. O ato começou na Praça da Liberdade, às 10 horas, e seguiu para a Praça da Estação, no centro da cidade. Conforme a Polícia Militar, na praça da Estação, o pico de pessoas presentes chegou a 6 mil, um pouco a mais do que no local de concentração, que foi estimado em 5 mil. Lideranças dos movimentos organizadores, porém, contabilizaram 20 mil pessoas na Praça da Estação e umas 15 mil na Praça da Liberdade. Mesmo com números diferentes, eles estão bem distantes do ato do dia 15 de março, quando, segundo a PM, 24 mil pessoas participaram. Havia a expectativa da presença do senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, no ato de hoje, o que não ocorreu.
O ato transcorreu sem ocorrências graves. A Praça da Liberdade ficou totalmente liberada por volta das 14 horas, conforme a PM. Na praça da Estação, além das críticas ao governo Dilma, o governo petista estadual, de Fernando Pimentel (PT), também foi atacado. "O governador não fez nada em 100 dias. O Pimentel pode esperar, a sua hora vai chegar"; "Pimentel, ladrão, seu lugar é na prisão", foram as frases faladas pelo povo e pelos locutores nos carros de som.
Havia uma grande faixa no chão com os dizeres: "Toffoli, advogado do PT. Não aceitamos você. Declare-se impedido". E em outro momento, novo coro: "Lula, cachaceiro, devolve meu dinheiro" . Na sequência, o locutor falou que o País precisa ser contra o povo de São Paulo, "que tem único objetivo de implantar o socialismo". O final do ato foi marcado pelo coro cantando o Hino Nacional com mãos dadas e o locutor falando para irem para casa descansar. Muito se falava entre os presentes que estava chegando a hora do clássico entre o Atlético Mineiro e Cruzeiro, no Estádio Independência, às 16 horas, pela semifinal do Campeonato Mineiro.
O representante da Frente União Brasil e presidente da Ordem Santa Cruz, Caio Bellote, disse que ficou com a sensação de dever cumprido. "Dessa vez houve uma liberdade maior de temas, desde Fora Dilma, Corrupção, CPIs de fundos e BNDES, entre outros. A organização foi mais profissional, teve mais logística", afirmou. No ato do dia 15, havia somente um carro de som, o do Vem Pra Rua. Hoje, haviam quatro carros de som, dos principais movimentos, o que ajudou o pessoal na Praça da Estação.
Salvador
A chuva que caiu no início da tarde abreviou a manifestação realizada no Farol da Barra, orla de Salvador, defendendo o "Fora, Dilma", entre outras bandeiras. O número ainda não é preciso, mas a Polícia Militar afirmava que mais de 2 mil pessoas participaram do ato, iniciado por volta das 10h. Os manifestantes saíram em caminhada até a entrada do bairro de Ondina, retornaram ao Farol e encerraram o evento.
Porto Alegre
Menos de 30 minutos depois de estimar o público das manifestações em Porto Alegre em cerca de 8 mil pessoas, a Brigada Militar (BM) atualizou o número de manifestantes na capital gaúcha para entre 25 mil e 30 mil pessoas. Como o mau tempo predominou na cidade até o início da tarde e, agora, a chuva parou, continuam a chegar pessoas no Parque Moinho de Vento, onde ocorre a concentração do protesto. De acordo com o subcomandante-geral da BM, Paulo Stocker, no momento 450 pessoas por minuto chegam à manifestação. Às 16 horas, o grupo deve começar a caminhada até o Parque da Redenção.
Curitiba
Subiu para 8 mil o número de pessoas reunidas em frente à Praça Santos Andrade, em Curitiba, na capital do Paraná, para a manifestação contra a presidente Dilma Rousseff. Outras 23 cidades do estado também estão com manifestações agendadas. No último ato, em 15 de março, mais de 50 mil pessoas participaram dos protestos.
Vitória
Por volta das 16h deste domingo o público ainda era pequeno na Praça do Papa, em Vitória (ES). Segundo os organizadores, 5 mil manifestantes estavam no local, naquele momento. Na manifestação do dia 15 de março, cerca de 100 mil pessoas estiveram presentes. Segundo uma das organizadoras, a semifinal do Campeonato Carioca entre Vasco x Flamengo, aliado à realização, no mesmo horário, da Romaria das Mulheres, procissão que faz parte das comemorações da Festa da Penha, padroeira do Espírito Santo, este fim de semana, diminuíram muito a expectativa de público presente.
Manaus
Com chuva e atraso de duas horas, a segunda manifestação contra o governo Dilma em Manaus, demorou para reunir mais manifestantes que policiais militares no centro da capital amazonense, na Avenida Eduardo Ribeiro, na manhã deste domingo, 12. Até às 11h30, o contingente da PM era de 420 militares, enquanto a passeata reuniu apenas 900 pessoas na partida, às 11h30 (segundo a PM).
O Movimento ‘Fora Dilma Amazonas’ estimava a participação de até 30 mil manifestantes, mas o ápice do ato, na Avenida Djalma Batista, trecho final da passeata, reuniu até 900 pessoas, segundo o coronel da PM Cláudio Silva. "A chuva acabou atrapalhando, mas isso não foi motivo de vergonha para nós", avaliou Iza Oliveira, uma das organizadoras do movimento, que contabilizou 2 mil pessoas na manifestação.
Segundo Iza, o objetivo do manifesto era pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Também participaram da passeata outros cinco movimentos: Brasil Livre, Brasil Melhor, Maçonaria de Manaus, Força Sindical e um movimento que defendia a intervenção militar. Um trio elétrico e dois carros de som ajudaram a movimentar os manifestantes.
São Luís
Cerca de 3 mil manifestantes se concentram na Avenida Litorânea, segundo os organizadores do Movimento Brasil Livre. A PM ainda não fez a estimativa oficial, mas informou que um número reduzido de pessoas participam do movimento. Aproximadamente 20 policiais acompanham a manifestação.
Recife
No Recife, até a tarde deste domingo, 12, ainda é pequena a movimentação em torno do protesto contra a gestão da presidente Dilma Rousseff (PT). Os manifestantes ainda estão no ponto de concentração, localizado na praça principal da orla da praia de Boa Viagem, na Zona Sul da cidade – uma das áreas mais nobres da capital pernambucana. A previsão é de que a marcha seja iniciada até as 16h.
De acordo com os organizadores, cerca de duas mil pessoas estão no local. Já a Polícia Militar calcula este número em pouco mais de 600. No último dia 15 de março, cerca de 8 mil pessoas – segundo dados dos organizadores e da PM – participaram dos atos de protesto.
Hoje, a organização levou para a avenida três trios elétricos. Os participantes vestem roupas nas cores da bandeira brasileira e carregam cartazes com imagens e mensagens contra a presidente e seu governo. Do alto do carro de som, os discursos tem um tom duro e pedem o afastamento imediato da petista do poder.
Das janelas de prédios próximos, diversos moradores dão demonstrações de apoio aos manifestantes. Alguns penduraram bandeiras do Brasil nas janelas. Outros optaram por fazer uma chuva e papel picado. O trânsito na região está congestionado e alguns desvios estão sendo realizados pela Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU).
Belém
Aproximadamente 5 mil pessoas foram às ruas de Belém, capital do Pará, para participar da manifestação que critica o governo da Presidente Dilma, segundo a Polícia Militar. Os cartazes diziam que o governo federal está cortando direitos trabalhistas, que a presidente e o Partido dos Trabalhadores são corruptos, junto com criticas a diversos programas, como o Mais Médicos e o Bolsa Família. Entre PMs, policiais civis, bombeiros, agentes de trânsito e guardas municipais, 800 homens fizeram o monitoramento da manifestação, mas nenhuma ocorrência foi registrada.
Para o designer gráfico, Rilk Pinheiro, essas manifestações têm causado pressão no Governo. "Não sou a favor de impeachment, isso ia desestabilizar o Brasil, mas eu acredito que temos causado mudanças. Como o Temer virar o articulador do governo. Não poderia deixar de vir porque não aguento mais esse desgoverno, descaso e toda essa corrupção", comentou.
O deputado federal Delegado Eder Mauro (PSD-PA), recentemente envolvido em polêmicas na Câmara Federal, durante uma audiência sobre a maioridade penal, passou pela manifestação. "Estou aqui como brasileiro. A maioridade penal é uma questão resolvida para mim. Em todas as pesquisas que estão sendo feitas, 90% da população é a favor (da mudança)", disse enquanto era tietado por cidadãos que queriam posar em fotos ao lado do deputado.
Ele chegou a ser convidado por um dos participantes do protesto, que estava com o microfone no trio, para que subisse e falasse com a população. O pedido gerou rápida resposta dos manifestantes que argumentaram que políticos não deveriam ter voz no movimento. Eder Mauro não insistiu.
Fortaleza
Na Praça Portugal, reuniam-se 5 mil manifestantes protestando contra a presidente Dilma, segundo a PM. Os organizadores estimavam em 8 mil. O objetivo era descer em passeata até a Praia de Iracema por volta das 17 horas.
Santos
Pouco mais de mil pessoas estavam reunidas na tarde deste domingo, segundo a Guarda Municipal, na Praça da Independência, no Bairro do Gonzaga, em Santos, litoral sul de São Paulo, no protesto contra a presidente Dilma Rousseff e o Partido dos Trabalhadores.
Segundo os organizadores da manifestação, um grande grupo saiu da cidade para participar dos atos na capital paulista. Por isso, as manifestações realizadas hoje na Baixada Santista têm menor número de pessoas, em comparação com os protestos do último dia 15 de março, quando aproximadamente 15 mil cidadãos se reuniram.
Atos também ocorrem agora em Praia Grande e São Vicente outros municípios da região.
Campinas
Dez mil pessoas participaram do ato contra a corrupção, segundo a Polícia Militar. Para o Movimento Brasil Livre, o público chegou a 30 mil. Os manifestantes se concentraram no Largo do Rosário, na região central, e saíram em passeata pelas avenidas Francisco Glicério, Moraes Sales e Júlio de Mesquita, no bairro Cambuí. A marcha seguiu até o Centro de Convivência Cultural. Policiais militares e guardas civis acompanharam a marcha. Não houve incidentes, mas o trânsito ficou caótico.
Ribeirão Preto
Entre 10 e 15 mil pessoas nas contas da PM foram reunidas na cidade. Para os organizadores, 40 mil foram ás ruas protestar.Muitos vestindo roupas verde e amarela, portando cartazes, faixas e outros apetrechos. Os balões também chamaram a atenção nas mãos dos manifestantes que percorreram importantes avenidas da cidade, como a Nove de Julho.Não faltaram gritos contra o PT e Dilma, tendo o movimento sido acompanhado por um carro de som.
Jundiaí
A Polícia Militar calculou em três mil o número de pessoas que participaram do protesto contra o governo.Os organizadores estimaram o público em quinze mil pessoas. Segundo a PM, o número foi menor que os cinco mil que se manifestaram no dia 15 de março. Os manifestantes marcharam pela Avenida Nove de Julho em direção ao prédio da prefeitura, onde o grupo se dispersou após cantar o hino nacional. Alguns usavam máscaras da presidente Dilma Rousseff e do ex- presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Também levavam faixas de “Fora Dilma” e “Punição rigorosa para os ladrões da Petrobrás”.
Itu
200 pessoas, segundo a Polícia Militar, se reuniram na praça Padre Miguel, na região central, e marcharam até o prédio da Câmara. O grupo se dispersou após cantar o hino nacional. Não houve incidentes. Os organizadores falavam em 500 pessoas no protesto.
Araçatuba
O protesto contra o Governo Federal reuniu cerca de duas mil pessoas, segundo a Polícia Militar. Os organizadores dizem que foram mais de 8 mil manifestantes, o mesmo número que teria comparecido na manifestação de 15 de março. O protesto, que teve início por volta das 11 horas, duas de atraso porque os organizadores esperaram a chegada de mais manifestantes, terminou por volta das 12h30 e contou com dezenas de tratores, máquinas agrícolas e caminhões que tiveram faixas fixadas em suas laterais com frases criticando as ações do Governo Federal. A passeata saiu do centro da cidade em direção ao prédio da Prefeitura, onde os manifestantes discursaram contra o prefeito Cido Sério (PT), que teve o mandado cassado em primeira e segunda instâncias, mas continua no cargo por força de recursos. Em seguida, os manifestantes se concentraram no cruzamento da Avenida Brasília com a Pompeu de Toledo, onde fizeram novos discursos e encerraram o ato.
Piracicaba
Três mil pessoas foram às ruas em protesto contra a corrupção e o governo, neste domingo, em Piracicaba, interior de São Paulo, segundo a Polícia Militar. Para os organizadores, o público chegou a 8 mil pessoas. Os manifestantes se reuniram na Praça José Bonifácio e saíram em passeata pelas ruas do centro, pedindo o fim da impunidade e a saída do PT do poder.
O movimento terminou na praça central da cidade e, segundo a PM, foi pacífico. Em março, o protesto teve 8,5 mil participantes, segundo a PM. O ato teve apoio da Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo (Coplana), Associação Comercial e Industrial, Câmara de Dirigentes Lojistas e Lojas Maçônicas de Piracicaba.
Limeira
Em Limeira, os manifestantes fizeram uma caminhada pelas ruas do centro e cantaram o Hino Nacional. De acordo com a Polícia Militar, o ato reuniu 1,2 mil pessoas, embora os organizadores tivessem calculado em 3 mil. No protesto de 15 de março, o número de participantes chegou a 5 mil, segundo a PM.
Indaiatuba
Em Indaiatuba, cidade da região de Campinas, 1.100 pessoas se mobilizaram em protesto contra o governo federal, segundo a Polícia Militar. O grupo caminhou pelo Parque Ecológico, próximo do centro administrativo. Em outras cidades da região, como Sumaré e Paulínia, os protestos tiveram participação muito pequena, segundo a Polícia Militar, 30 e 15 pessoas respectivamente.