Algumas nomeações feitas pela ministra da Agricultura, Kátia Abreu causaram estranheza entre os funcionários mais antigos da pasta. Um exemplo é seu cabeleireiro de Tocantins, Célio da Costa, agora assessor no gabinete de Kátia. Também provocou incômodo a indicação de Tânia Mara Garib para chefe da Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério. Amiga da ministra, Tânia é odontóloga e, no final de abril, vai viajar para Austrália e Nova Zelândia para visitar áreas de ovinocultura e bovinocultura.

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Critérios de escolha
Kátia Abreu defende a nomeação de Tânia Mara Garib. Diz que ela ocupa cargos públicos desde 1996 e que ela já foi secretária de Desenvolvimento Social do Mato Grosso do Sul. A viagem, assegura, será sem ônus para o governo. Em relação a Célio da Costa, a ministra afirma que os funcionários são escolhidos por “confiança” e “competência”.

Pedidos sem consistência
Até agora, foram protocolados 22 pedidos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Desse total, 18 acabaram arquivados por falta de consistência. Os absurdos incluem reclamações pela participação da presidente em programas de TV e pedidos com erros de português.

Lição de casa
Dos quatro pedidos de impeachment ainda em análise, três foram apresentados por advogados e um pelo deputado Jair Bolsonaro. Nenhum dos textos inclui provas para embasar o impeachment. Para evitar mais vexames, deputados estão fazendo consultas à área técnica da Câmara.

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O PMDB quer o DNIT
A paz do PMDB com o governo passa pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). O partido está de olho na indicação do diretor da autarquia. Se a demanda for atendida, os peemedebistas vão retomar um órgão que comandou por mais de uma década.

Uma autarquia cobiçada
O DNIT está sem diretor efetivo desde a posse da presidente Dilma, no início do ano. A autarquia federal tem como diretor o interino Adailton Cardoso, indicado pelo PR da Bahia. Responsável por obras dos Transportes, o DNIT é muito cobiçado pelos políticos.

Renovação política
O instituto Res Novae difunde a bandeira da inelegibilidade automática dos ocupantes de todos os cargos eletivos. Pela proposta, quando o cidadão encerra o mandato, retorna à sua atividade profissional de origem. A ideia que ganha força nas capitais do País está em sintonia com os movimentos atuais em favor do aperfeiçoamento da representatividade.

Despejo
Enquanto novos parlamentares pressionam a direção da Câmara para ganhar imóveis funcionais, dez deputados que não foram reeleitos ainda não entregaram os apartamentos. Os novatos reclamam que o auxílio moradia, de R$ 3,8 mil, não paga bons imóveis em Brasília. Eles preferem os funcionais.

O inquérito de Lula na PF
O Ministério Público Federal aguarda há seis meses a devolução pela Polícia Federal do inquérito que apura a denúncia, feita pelo publicitário Marcos Valério, de que o ex-presidente Lula teria negociado pagamento de propina da Portugal Telecom para o PT. A PF requisitou o processo em outubro do ano passado e, até a semana passada, não havia devolvido. Em dezembro, Lula foi ouvido. Em janeiro, a delegada Andrea Pinho Albuquerque solicitou às autoridades portuguesas, por meio de carta rogatória, cópia do depoimento de Miguel Horta, ex-presidente da empresa de telefonia. A investigação corre em sigilo.

Delegado ou deputado?
O deputado Delegado Waldir (PSDB-GO) teve uma recaída policial na terça-feira 7, durante o depoimento do diretor da Petrobras, Hugo Repsold Junior. Como se estivesse na Polícia Civil, o parlamentar ameaçou “indiciar” o interrogado. Como legislador, ele quer proibir imagens de mulheres de lingerie em anúncios publicitários – segundo diz, para não incitar prostituição.

Toma lá dá cá

Deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP)

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ISTOÉ – As negociações da fusão do PTB com o DEM avançaram?
Marquezelli –
Na reunião de terça-feira 7, a maioria da bancada pediu prazo até setembro para deliberar sobre a fusão.

ISTOÉ – A data limite para a decisão leva em conta as eleições de 2016?
Marquezelli –
Este é o pulo do gato. Os correligionários precisam de no mínimo um ano de filiação na nova sigla criada com a fusão para disputar as eleições municipais.


ISTOÉ – O senhor apóia a guinada do partido para a oposição?
Marquezelli –
Eu vou acompanhar o líder Jovair Arantes. Ele já manifestou intenção de permanecer na base do governo. O diretório de São Paulo, comandado pelo Campos Machado, também deve continuar na base. Fusão é soma, não podemos somar perdendo.

Rápidas

* Em reunião com parlamentares, o ministro da Previdência, Carlos Gabas, ouviu calado que a culpa da crise no setor é também dele. Embora tenha acabado de assumir a pasta, disseram, Gabas já mandava na pasta quando o ministro era Garibaldi Alves.

* Ao deixar o Congresso na semana passada depois de uma audiência sobre a epidemia de dengue, o ministro da Saúde, Artur Chioro, perguntou a um assessor: “viu aquilo?”. Referia-se às críticas que Marta Suplicy (PT-SP) fez à gestão “desorganizada” do colega.

* A senadora Marta Suplicy atacou o ministro da Saúde em relação a falhas no combate à epidemia de dengue no País. Exatamente o assunto tratado por Artur Chioro na audiência daquele dia com os parlamentares. Em crise com o PT, Marta está de saída do partido.

* Aos 25 anos, o deputado Hugo Mota (PMDB-PB) ficou famoso ao ser escolhido presidente da CPI da Petrobras. No cargo, ele emite sinais explícitos de vaidade. Um exemplo: a parte de trás da capa que cobre seu celular exibe uma foto do parlamentar.

Retrato falado

Acusado de usar influência política para ajudar uma eleitora a furar a fila do SUS e realizar uma cirurgia digestiva, o senador Luiz Henrique (PMDB-SC) reclamou que está sendo alvo de calúnia. Embora tenha semelhanças com práticas mais comuns em Câmaras Municipais, o caso rendeu um inquérito contra o senador catarinense no Supremo Tribunal Federal (STF). Luiz Henrique reagiu indignado e usou a tribuna do Senado para se contrapor às acusações.

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Hospital de portas fechadas
Cid Gomes e seu irmão Ciro inauguraram no final de dezembro o Hospital Regional do Sertão Central, em Quixeramobim (CE). Cid era governador do Ceará e, Ciro, secretário de Saúde. As portas foram abertas e… fechadas. Tocada pela empreiteira Fujita , a obra teve um custo de R$ 88 milhões. A construtora foi doadora da campanha do atual governador, Camilo Santana (PT), apoiado pela dupla do PROS.

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Demóstenes se movimenta
Até a quinta-feira 9, o ex-senador Demóstenes Torres (GO) ainda não havia cumprido a promessa de comprovar denúncias contra o ex-correligionário Ronaldo Caiado (DEM), também senador. Mas, no início da semana, foi visto em Brasília reunido com uma equipe de advogados.


Fotos: Adriano Machado; Hiram Vargas/D.A.Press; Pedro França/Ag. Senado; Fábio Rodrigues Pozzebom/Ag. Brasil
Colaboraram: Claudio Dantas Sequeira, Izabelle Torres e Josie Jerônimo 


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