– Tia, está na hora da merenda?
Essa é a pergunta que as crianças fazem às segundas-feiras nas poucas escolas públicas da cidade fluminense de Magé. Os alunos vão às aulas com sono e dor de estômago. Na escola, desmaiam. Motivo: como passam o final de semana em casa, não têm o que comer. De segunda a sexta-feira, para a maioria a única refeição do dia é a merenda escolar. “É muita pobreza”, diz Norma Teixeira, diretora de uma escola. Magé vive da cata de caranguejos, mas desde o vazamento de óleo na Baía de Guanabara o pescado sumiu. Na terça-feira 18 a prefeitura decidiu: as escolas fornecerão merenda aos sábados.