Pesquisa do Conselho Regional de Medicina de São Paulo em parceria com a Universidade Federal de São Paulo traçou um quadro da dependência química entre a própria classe médica. Foram estudados 206 médicos dependentes de álcool e drogas:

• A maioria é multiusuária (consome mais de uma droga). Dentro desse universo, 150 médicos são alcoólatras, 67 são viciados em benzodiazepínicos (medicamentos como lexotan), 66 usam cocaína, 56 fumam maconha, 54 dependem de opiáceos em geral, 24 ingerem anfetaminas e 1 médico é viciado em solventes.

• Entre os que procuraram tratamento espontaneamente, 24,7% são clínicos gerais, 7,7% são médicos pediatras e 4,8%, psiquiatras.

• Para o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, coordenador da pesquisa, “stress, plantões e decisões difíceis levam a pessoa a usar substâncias que diminuem o desconforto. Além disso, o médico tem a ilusão do controle”.