As primeiras estimativas do custo total dos atentados nos Estados Unidos ficam entre US$ 20 bilhões e US$ 40 bilhões, segundo a companhia britânica Lloyd’s. O número de vidas perdidas, a destruição das torres do World Trade Center, os quatro aviões e a recuperação do Pentágono podem ser o começo do que marcará o maior desembolso da história da indústria de seguros. Especialistas europeus calculam que os custos com uma das torres ficarão em US$ 1 bilhão – a outra torre não tem seguro. O valor de mercado das duas é de US$ 5 bilhões. A perda dos aviões, US$ 1 bilhão. O custo dos negócios paralisados, mais US$ 3 bilhões. Os maiores custos, porém, vão recair no seguro de vida a ser pago às famílias das vítimas. A referência das empresas do setor é o furacão Andrew, que em 1992 atingiu a costa leste dos Estados Unidos, provocando 38 mortes. O custo foi de US$ 20 bilhões. O World Trade Center abrigava 430 organismos e empresas, 40 mil pessoas e 150 mil visitantes por dia.

A expectativa de analistas é de que o mercado segurador deverá repassar as despesas com as indenizações dos atentados ao preço dos seguros pagos pelos consumidores em todo o mundo. “O que aconteceu agora faz o atentado de 1993 contra o World Trade Center parecer um incêndio doméstico”, disse Joe Annotti, porta-voz da Associação Nacional das Seguradoras Independentes. O tamanho do prejuízo ainda é incalculável.O porta-voz da americana Northwestern Mutual, especializada em seguros de vida, diz que “não há nada que se compare a isso”. Os alicerces da indústria de seguros foram estremecidos e os cofres da chamadas resseguradoras – as empresas que fazem o seguro das segudoras – bombardeados.