Com Bush no poder, FHC já esperava pela catástrofe
Essa é daquelas informações que oficialmente sempre serão desmentidas. Mas é a pura verdade. Então lá vai: nas suas conversas reservadas, o mínimo que o presidente brasileiro, Fernando Henrique Cardoso, chama o seu colega dos EUA, George W. Bush, é de “idiota”. FHC disse que já temia por um acontecimento de dimensões catastróficas para o mundo desde que Bush foi eleito. Em um bate-papo informal com políticos tucanos, Fernando Henrique contou que ficou muito mal impressionado quando conversou com Bush. Falando do tratado de Kyoto, Bush disse que não iria permitir nenhuma restrição à economia americana para satisfazer “meros interesses ecológicos internacionais”. Bush bateu tanto no presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que FHC, segundo conta, teve que reagir: “O senhor não pode esquecer que ele foi legitimamente eleito, num processo absolutamente democrático.” Mas Bush nem prestou atenção. “Ele é mesmo um despreparado”, disse FHC aos tucanos.

DNER: um morto muito vivo
Apesar de prevista em lei para ocorrer até o dia 6 de setembro, até agora o presidente Fernando Henrique Cardoso não assinou o decreto extinguindo o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem, historicamente a maior fonte de denúncia de corrupção do Executivo. O ministro dos Transportes, Eliseu Padilha, chegou a pedir ao presidente que editasse uma medida provisória ampliando o prazo para elaborar o decreto de extinção e nomeação do inventariante, mas FHC não concordou.

A turma da paçoca
“Turma da paçoca” é o apelido dado ao pequeno grupo que hoje manda no Senado. Ganhou esse nome porque, nas primeiras reuniões, seus integrantes comiam uma farofa com carne desfiada, oferecida pelo hoje ministro Ramez Tebet, e que no Nordeste é chamada de paçoca. O grupo é composto pelos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Sérgio Machado (PSDB-CE), Paulo Hartung (PPS-ES) e Heloísa Helena (PT-AL). Falam por seus partidos, mas agem como se fossem do mesmo partido. Sérgio Machado já está de malas prontas para o PMDB de Renan. Paulo Hartung também negocia sua ida para o PMDB. E Heloísa Helena, nas eleições passadas, foi uma aliada de Renan em Alagoas.

A volta dos cassados
O ex-senador José Roberto Arruda, aquele que renunciou para escapar da cassação depois de ter participado da violação do painel eletrônico do Senado, está negociando sua filiação ao minúsculo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro, o mesmo que tem nas suas fileiras o ex-presidente cassado Fernando Collor.

“Esse Bush puxou ao pai, de quem sempre tive uma péssima impressão”
Do ex-presidente da República José Sarney numa conversa com amigos do Senado

Inutilidade Pública
O deputado Jaques Wagner (PT-BA), decidiu comprar uma boa e necessária briga. Apresentou projeto de lei que extingue os quase nove mil cartórios de notas, aqueles onde os tabeliães atestam que documentos são verdadeiros. O projeto não trata de outros onze mil cartórios de registros de imóveis, interdição, tutelas, protestos de títulos e de registros civis.

Rápidas

Luiz Inácio Lula da Silva tem reclamado da prefeita de São Paulo com colegas do PT: “A Marta está agindo como uma adolescente apaixonada. Não escuta ninguém.”

O governador Tasso Jereissati perdeu a maioria na Assembléia que decidiu instalar a CPI do falido Banco do Estado do Ceará (BEC). Os tucanos estão encrencados.

Quatro deputados da bancada federal de Roraima decidiram se filiar ao PFL. Inocêncio Oliveira espera chegar a 5 de outubro com a maior bancada da Câmara.