Na última edição de ISTOÉ, este espaço foi ocupado para retratar o sentimento de indignação da população com a crescente violência, simbolizada na ocasião pelo rocambolesco sequestro na família Silvio Santos. Foram aqui mencionadas as pouco lisonjeiras manchetes de jornais internacionais, nas quais o Brasil figura como um país acostumado à violência. O sequestro foi resolvido, mas restaram sérias dúvidas, antecipadas por ISTOÉ, quanto à lisura da operação policial, que está sendo investigada pela Corregedoria de São Paulo, como se pode verificar na reportagem de Madi Rodrigues, Mário Chimanovitch e Mário Simas Filho.

Na semana passada, novamente a imprensa internacional gastou papel com o Brasil. Desta vez foi o jornal suíço Tribune de Genève. O assunto agora foi a corrupção envolvendo Paulo Salim Maluf e os famosos US$ 200 milhões transferidos da Suíça para o paraíso fiscal da Ilha de Jersey. O jornal traça um perfil de Maluf, “um dos crocodilos do pântano da política brasileira”, e registra que o presidente Fernando Henrique Cardoso, “ao fim de seu segundo mandato, vem sendo muito criticado por não combater a corrupção”. Maluf, com a sua tradicional e hilariante desfaçatez, rebateu dizendo ser tudo obra de algum petista suíço. A reportagem é assinada por Juliana Vilas e Ines Garçoni.

Já o texto de capa com certeza proporcionará sentimentos opostos aos suscitados pelas duas burlescas peças do cenário nacional. O coração rubro e vibrante estampado na capa, obra do nosso artista gráfico Roberto Weigand, remete ao texto de Lia Bock, da editoria de Medicina & Bem-Estar, sobre como encarar melhor a vida, inclusive os fatos acima citados. Boa leitura!