A proliferação dos arranha-céus nas grandes cidades pode ter resolvido um problema de falta espaço, mas também criou outros desafios. Um deles é o aumento de áreas cobertas por sombras projetadas pelos espigões. Em Londres (Inglaterra), que planeja erguer 250 grandes edifícios na próxima década – e onde 66% dos dias são nublados –, o efeito colateral da verticalização é ainda mais dramático. Foi essa problemática que inspirou o escritório de arquitetura NBBJ a criar um inovador edifício-conceito batizado de “arranha-céu sem sombra”. A construção, planejada para ocupar um terreno na zona sul londrina, bem ao lado do meridiano de Greenwich, consiste em duas torres espelhadas que atuam como “parceiras”: a maior anula parte da sombra projetada pela menor.

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PARCEIROS
No projeto do escritório NBBJ, o prédio maior anula parte da sombra do menor

Com o uso de um avançado programa de computador (confira quadro), os arquitetos criaram um design em que o prédio mais alto, de 50 andares, “rebate” a luz solar de forma difusa, projetando-a na sombra do outro edifício. O formato mais estreito na base, que se alarga em direção ao topo, somado ao redirecionamento da luz painel por painel, garante que a solução funcione a qualquer hora do dia e em todas as estações do ano. Isso também ajuda a evitar calor intenso ou brilho excessivo no térreo. De acordo com a NBBJ, o projeto reduz em até 50% as áreas sombreadas e pode ser aplicado em qualquer lugar do mundo, independente da latitude. Ainda não há previsão para o início da construção.

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